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Entrevista Adrian Baranchuk

Presidente da Sociedade Interamericana de Cardiologia estará no Brasil para participar do Congresso da SOCESP

O professor de Medicina da Queen’s University, no Canadá, editor-chefe do Journal of Electrocardiology e presidente da Sociedade Interamericana de Cardiologia (Interamerican Society of Cardiology - IASC), Adrian Baranchuck, estará no Brasil em junho, especialmente para participar do 45º Congresso da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, nos dias 19, 20 e 21 de junho, no Transamerica Expo Center.

Direto de Kingston, no Canadá, onde fica a Queen’s University, o professor falou sobre as duas palestras que irá proferir no evento. “A Fenocópia de Brugada (tema da primeira apresentação) continua sendo um desafio clínico. Principalmente, a decisão de determinar que um paciente com padrão de eletrocardiograma (ECG) de Brugada não tem a Síndrome de Brugada tem sérias implicações clínicas. Pacientes com fenocópia de Brugada não necessitam de CDI (cardiodesfibrilador implantável) ou tratamento antiarrítmico, mas sim tratamento da condição subjacente. Vou revisar todas as estratégias para se chegar ao diagnóstico adequado e mostrar diferentes experiências ao redor do mundo sobre como cuidar desses pacientes”, explicou Adrian Baranchuck.

O outro tema que o professor irá tratar será focado na atualização do diagnóstico e tratamento da Fibrilação Atrial – Síndrome de Bayés e como prever usando o ECG. “A Síndrome de Bayés refere-se à presença de bloqueio interatrial (no ECG de superfície) e a um histórico de fibrilação atrial paroxística. Identificar essa alteração no ECG antes de o paciente desenvolver fibrilação atrial pode ajudar a definir estratégias de acompanhamento e a decidir sobre o uso de anticoagulantes orais para prevenir o AVC. Podemos prever o risco de fibrilação atrial incorporando o ECG de superfície a um modelo de predição. Vamos discutir como diagnosticar e manejar essa condição”, completou o presidente da IASC.

Perguntado sobre a adesão aos tratamentos pelos pacientes, Adrian Baranchuck destacou que esse é sempre um grande desafio. “Hoje, os médicos precisam enfrentar informações diversificadas, às vezes completamente incorretas, que são facilmente encontradas nas redes sociais. Alguns pacientes chegam à consulta com uma ideia já formada de como sua condição deve ser tratada, e nosso papel é fazer o melhor possível para oferecer fontes de informação baseadas em evidências, para que eles compreendam o raciocínio por trás do manejo e do tratamento. Isso exige tempo, paciência, e meu melhor conselho é: ouça o seu paciente. Apenas ouça. Assim, você entenderá o que ele precisa para melhorar a adesão e ter confiança no tratamento proposto. Não imponha sua visão, mas seja firme ao determinar o que é melhor em cada caso. Um acompanhamento mais próximo é desejável, embora muitas vezes muito difícil de implementar por razões sociais e econômicas. Persista em recomendar a medicina baseada em evidências. Seja gentil e cortês. Seja mais paciente que o seu paciente”, orientou o professor.

Segundo ele, o Congresso da SOCESP é um dos maiores encontros da América do Sul. “Já participei anteriormente e fiquei impressionado com a qualidade dos palestrantes, a generosidade dos organizadores em me fazer sentir em casa e o engajamento do público. A SOCESP é uma oportunidade incrível para discutir ciência e ampliar a rede de contatos”, finalizou Adrian Baranchuck.

Adrian Baranchuk

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19, 20 e 21 de Junho de 2025