Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma condição clínica progressiva e persistente que afeta mais de 23 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo caracterizada por alterações na função cardíaca. O Protocolo Gerenciado de Manejo de IC com Fração de Ejeção Reduzida, implementado desde 2017, visa reduzir morbidade, mortalidade, reinternações e permanência em unidades de terapia intensiva, com um foco importante nas orientações multiprofissionais, especialmente de enfermagem. Essas orientações são essenciais para promover desfechos clínicos positivos, ao educar pacientes e cuidadores. No entanto, foi observada uma lacuna nos registros de enfermagem sobre as orientações específicas do tratamento da IC, o que pode prejudicar os resultados dos pacientes, necessitando de ações para melhorar a documentação dessas orientações. Objetivo: Aumentar em 30 pontos percentuais a taxa de registros de orientações de enfermagem no hospital, em um período de seis meses. Metodologia: Análise retrospectiva da taxa de registros de orientações de enfermagem no Protocolo IC entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024. Para o planejamento das ações, utilizou-se a ferramenta 5W2H, com atividades como alinhamento com a gestão local, participação ativa em reuniões assistenciais, inclusão de enfermeiros em grupos de trabalho e a expansão do Protocolo para a unidade referência. Resultados: Após a implementação das intervenções, a taxa de registros aumentou em 50 pontos percentuais. A mediana dos registros entre janeiro de 2023 e abril de 2024 era de 20%, mas após ações de sensibilização e conscientização da equipe de enfermagem, a mediana subiu para 71%. Esse aumento demonstrou a eficácia das estratégias adotadas para melhorar a adesão ao registro das orientações.
Conclusão: A educação em saúde, juntamente com material escrito, foi crucial para a manutenção da estabilidade dos pacientes com IC, prevenindo internações e reduzindo a morbidade e mortalidade. O projeto evidenciou que a melhoria nos registros de orientações pode levar a melhores resultados clínicos. Para projetos futuros, recomenda-se avaliar o impacto das orientações nas reinternações de pacientes com IC, a fim de aprimorar continuamente os cuidados hospitalares.