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Diferenças hemodinâmicas entre homens e mulheres submetidos ao teste ergométrico: o que temos de novo?

Bianca Barros de Faria, Jaciara Gomes de Oliveira, Karolyne de Oliveira Matos, João Paulo de Almeida Dourado, Larissa de Almeida Dourado, Paulo Magno Martins Dourado, Pedro Gabriel Senger Braga
Clínica Pró-Coração - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: As alterações hemodinâmicas frente ao esforço, são diferentes entre os sexos. Investigar o papel de novos marcadores para entender o papel do sistema autonômico na doença cardiovascular, se faz necessário. O prejuízo na redução da frequência cardíaca (FC) na recuperação após o esforço, principalmente no primeiro e no segundo minuto, está associado a maior mortalidade cardiovascular.

Objetivo: Investigar se os valores de delta da FC de recuperação após o teste ergométrico são diferentes entre homens e mulheres.

Métodos: 282 indivíduos, 107 mulheres e 175 homens, foram submetidos ao teste ergométrico em esteira. Os critérios de inclusão foram: idade entre 18 e 59 anos, executar um protocolo Ellestad de pelo menos 6 minutos, alcançando, ao menos 85% da FC máxima para a idade. Foram considerados critério de exclusão: o uso de medicamentos ou o diagnóstico de doenças crônicas, cirurgia, internação ou sintomas de doença cardiovascular. Todos os testes foram realizados no mesmo ambiente, pela mesma equipe. A FC, a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram aferidas no repouso, no pico do esforço e no primeiro, segundo, quarto e sexto minuto da recuperação. O delta da FC na recuperação foi calculado pela subtração da FC máxima pela FC do primeiro, segundo, quarto e sexto minuto da recuperação.

Resultados: Não houve diferença entre a idade dos grupos estudados. O peso, a altura, o índice de massa corpórea e a circunferência abdominal foram maiores nos homens (p<0,0001). A FC de repouso estava menor nos homens (p<0,0001). A FC máxima, prevista para a idade e a FC de recuperação no primeiro, segundo, quarto e sexto minuto, foram iguais entre os grupos estudados. A PAS e a PAD no repouso, máxima e em todos os momentos da recuperação estavam maiores nos homens (p<0,001). Conforme esperado, o tempo de teste, foi maior nos homens (p=0,0237). O valor de delta da FC do primeiro minuto da recuperação foi menor nos homens (p=0,0374), enquanto, no segundo, quarto e sexto minuto não diferiram entre os grupos estudados.

Conclusão: O delta do primeiro minuto da FC de recuperação é menor nos homens, podendo, essa diferença, evidenciar um importante fator de risco cardiovascular nessa população. Documentar e seguir essa variável, se faz necessário para o acompanhamento do paciente na rotina clínica cardiológica e na estratificação de risco.

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