Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbidade e mortalidade, com fatores modificáveis contribuindo para o infarto agudo do miocárdio (IAM). Intervenções não medicamentosas são essenciais para sua prevenção e controle. Objetivo: Demonstrar o perfil nutricional de pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio (IAMCST e IAMSST), destacando o impacto da nutrição na otimização do acompanhamento multidisciplinar Método: Estudo retrospectivo realizado em um hospital privado de São Paulo, entre abril e dezembro de 2024, com pacientes adultos diagnosticados com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Anlise estatística: Foi realizada de forma descritiva com números absolutos, porcentagens, médias e DPResultados: Foram acompanhados 108 pacientes, sendo 82% do sexo masculino e 19% do sexo feminino, com média de idade de 85,5 anos. Entre os fatores de risco, 58% eram dislipidemicos, 62% tinham hipertensão arterial e 41% em portadores de diabetes mellitus. Do total de pacientes adultos, 4,6% eram eutróficos, 13,9% estavam em sobrepeso e 12,6% eram obesos. Na população idosa, 57% eram eutróficos, 8% estavam em sobrepeso e 25% eram obesos. O perfil lipídico médio foi de 186,5 mg/dL para colesterol total, 126 para LDL, 227 para triglicérides e 54,5 para HDL. A partir da caracterização da população, a equipe de nutrição realiza uma abordagem focada na modificação dos hábitos alimentares, com no mínimo duas visitas exclusivas para promover melhorias no padrão alimentar e incentivar a adoção de hábitos saudáveis. A primeira visita ocorre em até 48 horas após a admissão, onde são fornecidos materiais educativos, desenvolvidos pela equipe de nutrição e multidisciplinar, todos elaborados de forma clara e acessível, ressaltando a importância da mudança no estilo de vida para a saude Discussão: A mudança de hábitos alimentares é a principal medida terapêutica não medicamentosa recomendada, especialmente no controle de pacientes hipercolesterolêmicos, que depende não só da adesão à dieta, mas também da mudança no estilo de vida. O nutricionista desempenha um papel social crucial, contribuindo para a redução da morbimortalidade relacionada a deficiências ou excessos nutricionais, por meio da educação e desenvolvimento de planos de ação eficazes Conclusão: A adequação dos hábitos alimentares é fundamental no pós-infarto agudo do miocárdio, mas a qualidade da orientação nutricional nos hospitais ainda carece de maior exploração. Compreender o perfil dos pacientes é crucial para o controle dos fatores de risco, permitindo uma abordagem nutricional personalizada.