Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é caracterizada pela incapacidade do coração de fornecer aos tecidos periféricos a quantidade necessária de sangue e oxigênio para atender às suas demandas metabólicas. A piora do seu quadro clínico está associada a diversas condições, incluindo prejuízo no estado nutricional e sarcopenia, fatores bem estabelecidos de mau prognóstico para doenças crônicas, constituindo-se um desafio terapêutico nutricional. Objetivo: Avaliar os parâmetros de estado nutricional na IC com diferentes frações de ejeção (FE). Métodos: Estudo transversal realizado com 60 pacientes portadores de IC. Foram incluídos pacientes de 18 a 75 anos, ambos os sexos, com IC de diferentes etiologias, classe funcional I e II, terapêutica farmacológica otimizada para IC. Foram excluídos pacientes: fumantes, uso de hormônios há pelo menos 3 meses, praticantes de exercício físico extenuante, cardiomiopatia alcóolica, valvopatias, cardiopatias congênitas, fibrilação atrial, diabéticos, nefropatas graves, câncer, IC por toxicidade, etilistas e usuários de drogas. Para avaliar os parâmetros do estado nutricional e a sarcopenia foram aferidos peso e altura, sendo calculado o índice de massa corporal; massa muscular, massa gorda e percentual de gordura corporal foram avaliados por meio da bioimpedância (BIA); força de preensão manual foi avaliada pelo dinamômetro e aplicado questionário SARC-F que avalia risco de sarcopenia. O índice de qualidade muscular incluiu apendicular (IQMapp) e braço dominante (IQMarm). As variáveis foram submetidas à estatística descritiva e comparativa entre os grupos por ANOVA ou distribuição gama seguido teste de comparação múltipla de Wald, com nível de significância de 5%. Resultados: Os parâmetros nutricionais estão apresentados na tabela 1. Houve diferenças entre os grupos para a pontuação no SARC-F comparados ao grupo controle; o IQM apresentou menores valores no grupo FE preservada. A avaliação da BIA não mostrou diferença entre os grupos. Conclusão: Há diferença nos parâmetros nutricionais dos pacientes com IC. Apoio: FAPESP: 2023/08537-5.