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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Associação entre autocuidado e estado nutricional de pacientes hospitalizados portadores de Insuficiência Cardíaca

Érika Vieira Valério Justiniano, Isabela Cardoso Pimentel Mota, Maria José dos Santos, Leonardo Domingos Biagio
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: O autocuidado está associado à responsabilidade individual, autonomia e independência e quando praticado por pacientes portadores de Insuficiência Cardíaca (IC), tem se mostrado efetivo no tratamento não farmacológico, envolvendo comportamentos e atitudes que resultam em mudanças no estilo de vida. Nessa população o risco nutricional é frequente e o estado nutricional deve ser acompanhado durante toda hospitalização. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, amostra composta por pacientes adultos e idosos, ambos sexos, portadores de IC, hospitalizados em um hospital terciário em São Paulo. Foram coletados dados sociodemográficos, classificação da IC pela fração de ejeção e sua etiologia. Para diagnóstico do estado nutricional, foram coletados o Índice de massa corporal (IMC) e circunferência muscular do braço (CMB). Para análise do autocuidado, foi aplicado a Escala de Autocuidado para pacientes com Insuficiência Cardíaca (EAC-IC), composta por 3 seções: manutenção do autocuidado (10 itens), gestão do autocuidado (6 itens) e confiança no autocuidado (6 itens). As pontuações totais de cada seção variam de 0 a 100 e é considerado um autocuidado adequado quando o escore é ≥70. Resultados: Foram incluídos 66 pacientes, em sua maioria do sexo masculino (40,5%), faixa etária entre 60 e 74 anos (40,9%), autodeclarados pardos (39,4%), com ensino fundamental incompleto (37,9%) e renda média de 1 salário-mínimo (45,5%). A maioria apresentava fração de ejeção reduzida (59,1%), etiologia valvar da IC (28,8%) e portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (68,2%). Pelo IMC, 39,4% foram considerados eutróficos e 30,3% com desnutrição moderada pela CMB. Todas as seções da escala tiveram pontuação abaixo de 70, sendo considerado baixa manutenção do autocuidado (92,4%), baixa gestão do autocuidado (69,7%) e baixa confiança no autocuidado (77,3%). Houve associação estatisticamente significativa entre a classificação do estado nutricional pela circunferência muscular do braço com a seção de manutenção de autocuidado (p=0,02). Já no IMC não houve associação significativa com a escala de autocuidado. A renda apresentou associação significativa na seção de gestão do autocuidado (p<0,01). Conclusão: O estado nutricional pela CMB teve associação com a baixa manutenção do autocuidado, sugerindo que a desnutrição pode ser agravada pela baixa capacidade contínua de atender às próprias necessidades básicas de saúde. A baixa renda também pode influenciar o auto cuidado, devido ao baixo acesso às melhores condições de vida, incluindo alimentação e saúde.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025