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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

CONHECIMENTO DO TRANSPLANTADO CARDÍACO SOBRE A REJEIÇÃO DO ENXERTO: UM ESTUDO QUALITATIVO

Bruno Etelberto Paulo Cabral, Nathalia Malaman Galhardi, Rafaela Batista dos Santos Pedrosa
FACULDADE DE ENFERMAGEM - UNICAMP - Campinas - SP - Brasil

Introdução: O transplante cardíaco tornou-se uma alternativa definitiva para tratamento da insuficiência cardíaca e atualmente o coração é o terceiro órgão mais transplantado no Brasil. Uma das complicações mais prevalentes é a rejeição do enxerto e está diretamente relacionada com a sobrevida do paciente. Estudos revelam que o transplantado sente uma quantidade expressiva de ansiedade e falta de controle relacionada ao risco de rejeição. No entanto, não há estudos na literatura que busquem compreender o que, exatamente, os pacientes compreendem por ‘rejeição’ e quais as fontes de informação os pacientes buscam e se apoiam para lidar com a ansiedade e a falta de controle sobre esta complicação. Este estudo esteve como objetivo explorar sobre a ótica do paciente o processo de rejeição do enxerto, além de investigar as fontes onde esses indivíduos buscam informações. Metodologia: Pesquisa qualitativa de natureza aplicada e exploratória. Adotou-se a Teoria das Transições de Meleis como referencial teórico. Os participantes do estudo foram pacientes transplantados cardíacos que já apresentaram rejeição do enxerto e estão em acompanhamento ambulatorial em um hospital universitário no interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas e gravadas em áudio. Após a transcrição na íntegra, a análise de conteúdo foi utilizada para categorizar as falas de acordo com os objetivos de pesquisa. A etapa de coleta encerrou-se pelo critério de saturação de dados. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 72002123.1.0000.5404). Resultados: Sob a ótica do paciente, ele percebe a rejeição enquanto uma reação do sistema imune, porém, em todas as entrevistas, os pacientes relataram surpresa com o resultado positivo para rejeição após biópsia endomiocárdica diante da ausência de sinais e sintomas. Os próprios participantes não souberam identificar quais são os sinais e sintomas, mencionaram que os profissionais médicos e enfermeiros em algum momento orientaram sobre a possibilidade de rejeição, porém não sabiam descrever. Eles também referiram não confiar em outras fontes e que não buscam informações na internet sobre o assunto, confiando exclusivamente nos profissionais de saúde do ambulatório. Conclusões: Os pacientes transplantados cardíacos se amparam plenamente nos profissionais de saúde para sanar dúvidas, de forma que as condutas de enfermagem com enfoque na instrução do paciente acerca de sua condição se mostram essenciais e o momento-chave para educação em saúde e adesão ao tratamento.

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