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PERFIL NUTRICIONAL E HEMATOLÓGICO DE CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ACIANÓTICA E CIANÓTICA NA REGIÃO AMAZÔNICA

Juliane Leticia Coelho dos Santos, Ananda Leticia Silva Cabral, Aldair da Silva Guterres , Socorro Nazaré Araújo Almeida Barbosa, Bruna Cristina Pinheiro Garcia
Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - Belém - Pará - Brasil

Introdução:As cardiopatias congênitas impactam o estado nutricional e bioquímico, comprometendo o crescimento. A cardiopatia acianótica pode causar anemia, enquanto a cianótica leva à policitemia compensatória. Este estudo tem como objetivo investigar as alterações antropométricas e hematológicas em crianças com cardiopatia acianótica e cianótica.

Metodologia: O estudo é descritivo, quantitativo e transversal. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer n° 4.979.295). A amostra incluiu pacientes pediátricos (1 a 10 anos) com cardiopatia acianótica e cianótica, internados em um hospital público de referência no norte do país, no estado do Pará. Para avaliação antropométrica, foram aferidos peso, altura e circunferência do braço (CB), analisando-se os índices Peso/Idade (P/I), Estatura/Idade (E/I), Índice de Massa Corpórea/Idade (IMC/I) e %CB. Os exames hematológicos incluíram o eritrograma (hemácias, hemoglobina e hematócrito). 

Resultados: Foram avaliadas 83 crianças, sendo 50,6% do sexo feminino e 49,4% do sexo masculino, 55,6% diagnosticadas com cardiopatia acianótica e 44,4%  cianótica.  Entre os pacientes com cardiopatia acianótica, a avaliação antropométrica indicou 17,8% com muito baixo peso (P/I), 15,6% com baixa estatura (E/I), 20% com magreza (IMC/I) e 40% com desnutrição leve (%CB). Nos exames hematológicos, 6,7% tinham hemácias abaixo e 8,9% acima do normal; hemoglobina reduzida em 6,7% e elevada em 11,1%, e hematócrito 8,7% abaixo e 10,9% acima da normalidade.Entre os pacientes com cardiopatia cianótica, a avaliação antropométrica indicou 13,3% com muito baixo peso (P/I), 27,8% com baixa estatura (E/I), 22,2% com magreza (IMC/I) e 15,5% com desnutrição leve (%CB). Nos exames hematológicos, hemácias estavam reduzidas em 13,3% e elevadas em 20%; hemoglobina estava abaixo do normal em 19,4% e acima em 27,8%, e hematócrito 15,2% abaixo e 19,3% acima da normalidade.

Conclusão: Embora muitas crianças apresentassem valores dentro da normalidade, os achados evidenciaram impactos significativos das cardiopatias no estado nutricional e hematológico. Pacientes com cardiopatia acianótica tiveram maior ocorrência de baixo peso (P/I), desnutrição leve (%CB). Já aqueles com cardiopatia cianótica apresentaram mais casos de baixa estatura (E/I), magreza (IMC/I), ambos grupos com alterações no eritograma. Esses achados destacam a importância do monitoramento nutricional e laboratorial para intervenções precoces que minimizem impactos no crescimento e desenvolvimento infantil.

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