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IMPACTOS DO CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS NO PERFIL NUTRICIONAL E RISCO CARDIOVASCULAR EM ADULTOS DE BELÉM, PARÁ: UMA ANÁLISE DO VIGITEL 2023

Juliane Leticia Coelho dos Santos, Ananda Leticia Silva Cabral, Maria Eduarda Ferreira da Conceição
Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - Belém - Pará - Brasil

Introdução: Os alimentos ultraprocessados, ricos em calorias e pobres em nutrientes, estão associados ao aumento de doenças cardiovasculares. O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda evitar seu consumo, dado o papel desses produtos no aumento do sobrepeso, obesidade, e as doenças crônicas que são as principais causas de morte no Brasil. O sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), responsável por monitorar fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), publica anualmente seus dados, com a edição mais recente de 2023.O objetivo do estudo é analisar a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados, o perfil nutricional e os fatores de risco cardiovascular em adultos de Belém, Pará, com base nos dados do VIGITEL 2023.

 

Metodologia: Foram analisados dados do VIGITEL referentes a adultos residentes em Belém, Pará em 2023. A coleta incluiu informações via questionário sobre o consumo de cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados no dia anterior à entrevista e de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana. O perfil nutricional foi avaliado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), sendo classificado como excesso de peso (IMC ≥ 25 kg/m²) ou obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²). Esses dados foram relacionados a fatores de risco cardiovascular, como o diagnóstico de DCNT como hipertensão arterial e diabetes.

 

Resultados: O estudo revelou que 18,3% dos adultos relataram consumir cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados no dia anterior a entrevista, sendo 8,2% consumiam refrigerante em cinco ou mais dias da semana. O perfil nutricional evidenciou que 63,4% tinham excesso de peso e 25,7% obesidade. A prevalência de hipertensão arterial foi de 22,9% e diabetes 6,9%.

 

Conclusão: O consumo frequente de alimentos ultraprocessados está associado ao aumento do IMC, maior prevalência de sobrepeso e obesidade, além de agravar o risco de hipertensão, diabetes e outros fatores de risco cardiovasculares. Sendo necessário promover ações educativas que incentivem uma alimentação saudável, pois, é fundamental para melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças cardiovasculares. Embora os dados sejam relevantes para identificar fatores de risco, o estudo apresenta limitações, como o uso de um desenho transversal do VIGITEL e a dependência de autorrelatos, sujeitos a vieses de memória e sociais. 

 

 

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