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Percepção e Humanização no Cuidado ao Paciente na Fila de Transplante Cardíaco na UTI Adulto.

ROSIANNE VASCONCELOS, TALITA ZAMBONI CARINI COUTO, VIVIAN VIEIRA RODRIGUES, RICARDO DANTAS COSTA
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

O transplante cardíaco é a principal opção terapêutica para pacientes com insuficiência cardíaca refratária. Durante a espera pelo órgão compatível, esses pacientes podem apresentar complicações clínicas que demandam internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O ambiente da UTI, repleto de estímulos sonoros e luminosos, além de procedimentos invasivos, pode impactar a experiência dos pacientes, exigindo da equipe de enfermagem uma assistência humanizada. Esse cuidado visa integrar aspectos físicos, psicossociais e familiares, promovendo conforto e bem-estar. OBJETIVO:O objetivo deste estudo foi compreender como os profissionais de enfermagem percebem o vínculo emocional com pacientes internados na fila de transplante cardíaco e como os princípios da humanização são aplicados na UTI adulto. MÉTODO:Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado por meio de um questionário estruturado aplicado a enfermeiros e técnicos de enfermagem de uma UTI especializada. RESULTADO:A coleta de dados ocorreu em janeiro de 2025, de forma voluntária e anônima. Foram incluídos apenas profissionais diretamente envolvidos no cuidado a esses pacientes. Os resultados indicaram que 32,4% dos participantes eram enfermeiros e 67,6% técnicos de enfermagem, sendo que 37,1% possuíam mais de quatro anos de experiência na UTI. Quanto ao vínculo emocional, 32,4% o classificaram como "forte", 50,9% como "moderado" e 1,9% relataram "pouco ou nenhum vínculo". Os principais fatores associados ao vínculo foram tempo prolongado de internação (78,9%), interação frequente (50%) e gravidade do quadro clínico (20,4%). As principais dificuldades relatadas foram personalidade reservada do paciente (76,9%) e instabilidade clínica (10,2%).No que se refere às práticas de humanização, 89% dos profissionais enfatizaram a comunicação acolhedora e a escuta ativa, 77,8% a importância do respeito e confiança, e 55% a inclusão da família no cuidado. Entretanto, desafios como alta carga de trabalho e falta de tempo para interação foram apontados como barreiras. Quanto ao impacto emocional, 71% dos profissionais afirmaram que o vínculo torna o trabalho mais gratificante, mas 25% relataram necessidade de suporte emocional após óbito do paciente.CONCLUSÃO: A pesquisa reforça a relevância da humanização no cuidado intensivo e destaca a necessidade de estratégias institucionais para suporte à equipe, incluindo treinamentos específicos, suporte emocional e maior inclusão da família. O aprimoramento dessas práticas pode contribuir para um atendimento mais empático e centrado no paciente.

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