Introdução: A COVID-19 é uma síndrome respiratória grave com sintomas e sequelas persistentes. Estudos indicam que exercícios físicos são benéficos na recuperação pós-COVID-19. Objetivo: Avaliar evidências recentes sobre os efeitos de exercícios físicos na recuperação tardia de pacientes pós-COVID-19. Método: Realizou-se uma revisão sistemática seguindo as diretrizes PRISMA, com buscas até 30 de junho de 2024, nas bases: Biblioteca Virtual de Saúde, Embase, Web of Science, Scopus, Cochrane Library, Pubmed, SCIELO e Embase. Incluíram-se revisões sistemáticas, metanálises e ensaios clínicos (randomizados ou não), publicados entre 2021 e 2024, em inglês, português e espanhol, focando em exercícios físicos no controle da progressão e sequelas da COVID-19. Resultados: De 4105 artigos triados, 1153 foram excluídos por duplicidade e 2932 por não atenderem aos critérios, restando 20 elegíveis para leitura e avaliação metodológica. Observou-se que 40% dos estudos utilizaram exercícios cardiorrespiratórios; 25% combinaram cardiorrespiratórios com força de resistência muscular; 25% focaram em exercícios respiratórios; 5% em força de resistência muscular e 5% em práticas como Taiji e Yijinjing. Conclusão: O treinamento de resistência cardiorrespiratório prevaleceu, destacando-se as atividades intervaladas de alta intensidade. Esses exercícios melhoraram a qualidade de vida dos pacientes, capacidade funcional, aptidão física e reduziram dor no peito, fadiga, dispneia, intolerância ao exercício, ansiedade, depressão, lactato sérico e resistência à insulina. Além disso, aumentaram a imunidade, massa ventricular esquerda e fortaleceram a musculatura geral e respiratória.
Palavras-chave: Síndrome de COVID-19 Pós-Aguda; Exercício; Treinamento Intervalado de Alta Intensidade.
