SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA TELECONSULTA: UM RECORTE COM PACIENTES DE TRANSPLANTE CARDÍACO

Andressa Tadeu Moreira Fernandes, Mariana Cappelletti Galante, Ana Lúcia Rego Fleury de Camargo
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A farmacoterapia do paciente transplantado cardíaco pode se tornar uma aliada ao prognóstico desde que a comunicação entre o paciente e a equipe de saúde seja efetiva. O farmacêutico por meio da educação em saúde pode promover uma melhor adesão medicamentosa. O objetivo deste trabalho é descrever a realização das teleconsultas e quais dados foram extraídos de forma instrumentalizada. Metodologia: Estudo clínico prospectivo, desenvolvido em um hospital-escola de Cardiopneumologia em São Paulo no período de julho a dezembro de  2024, com CAAE: 81183324.0.0000.0068. As teleconsultas foram realizadas após 15 dias da alta hospitalar, utilizando o instrumento Brief Medication Questionnaire (BMQ) e a padronização dos problemas relacionados a medicamentos (PRM). Nas teleconsultas, o farmacêutico realizou o diagnóstico da adesão, orientações sobre a farmacoterapia e sobre o acesso aos medicamentos. Resultado: A amostra foi de sete pacientes, 71,4% (5) do sexo masculino, todos com ensino médico completo, com 42 ± 15,3 anos.  A média total do BMQ foi de 3,57 ± 0,97 pontos. Em barreiras de adesão, a média de pontos foi de 1,8 ± 0,6, desses, 85,7% (6) falharam em listar os medicamentos espontaneamente, 42,8% (3) relataram falha de doses, 42,8% (3) reduziram ou omitiram doses, 14,2% (1) tomaram alguma dose extra. Em barreira de crença, a mediana foi de um (0,5 - 1) ponto, 71,4% (5) nomearam os medicamentos que os incomodavam. Em barreira de recordação todos pontuaram um devido esquema de múltiplas doses.  A média de medicamentos prescritos foi de 11,4 ± 1,7, desses, 18,7% foram adquiridos por meios próprios, mas, todos faziam parte do elenco do Sistema Único de Saúde, 80% (12) são do Componente Básico, 6,6%% (1) do Componente Especializado e 13,2% (2) disponíveis na farmácia ambulatorial do hospital e 46,6% (7) eram medicamentos cardiovasculares. Em relação aos PRM,42,8% (3) estão relacionados à necessidade, 28,5% (2) efetividade, 85,7% (6) segurança. Da amostra, 42,8% (3) tiveram mais de um PRM e 14,2 % (1) não tiveram nenhum. A classe mais citada foi a dos imunossupressores por 41,6%. Os subtipos das intervenções farmacêuticas foram: 33,3 % orientações, 33,3 % ajuste de frequência, 22,2% correção de receituário e 11,2 % ajuste no aprazamento, com 100% de aceitabilidade. Os medicamentos envolvidos foram imunossupressores, antibióticos e inibidor de bomba de prótons.  Conclusão: Os parâmetros apresentados podem quantificar a atuação do farmacêutico e trazer em riqueza de detalhes o quão efetivo o tratamento medicamentoso está sendo para o paciente.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025