INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é atualmente uma das principais doenças crônica progressiva que causa impacto direto na qualidade de vida (QV) dos pacientes, pois seu diagnóstico na maioria dos casos traduz em piora da classe funcional com alta mortalidade.
OBJETIVOS: Identificar os principais desfechos dos pacientes após um ano de acompanhamento do grupo multiprofissional do ambulatório de IC.
METÓDOS: Trata-se um estudo observacional, descritivo de pacientes com diagnóstico de IC que foram acompanhados pela equipe multiprofissional do ambulatório de um serviço privado especializado em cardiologia da cidade de São Paulo, no ano de 2024, sendo comparado os desfechos de melhora da classe funcional e mortalidade após inclusão do paciente.
RESULTADOS: Neste período foram incluídos no ambulatório de IC 77 pacientes, sendo 57 (74%) do sexo masculino e 20 (26%) do sexo feminino, a média de idade estipulada para o grupo foi de 69 anos. Entre as variáveis clínicas a etiologia predominante foi a isquêmica com 71% dos casos. No ano de 2024 foram realizadas 648 consultas ambulatoriais para seguimento dos pacientes e em 63% dos casos registramos a regressão da classe funcional associado a melhora clínica do paciente e a capacidade funcional, em 27%dos casos os pacientes mantiveram sua classe funcional, deste 85% do grupo em NYHA II e com melhora clinica associada e em apenas 10% dos casos tiveram piora da classe funcional, sendo que destes pacientes todos foram indicados à terapia avançada. A taxa de mortalidade do grupo estudado foi de 7,79%, dado este, quando comparado aos desfechos descritos em literatura ou de populações com a mesma heterogeneidade, demonstra redução significativa.
CONCLUSÃO: Fica evidente que a adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico é primordial para a melhora clínica do paciente e redução da taxa de mortalidade, demonstrando assim a importância do acompanhamento da equipe multiprofissional no cuidado deste paciente.
