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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ABORDAGEM ODONTOLÓGICA COM MANOBRAS HEMOSTÁTICAS LOCAIS EM PACIENTE CARDIOPATA INTERNADO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Oliveira, R.F., Vieira, A.S., Soares Junior, L.A.V., Santos, P.S.S., Caminha, R.D.G.
Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence - São Jose dos Campos - São Paulo - Brasil, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP - São Paulo - SP - BRASIL, Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo - Bauru - São Paulo - Brasil, Hospital Estadual Bauru - Bauru - São Paulo - Brasil, Hospital das Clínicas de Bauru - Bauru - São Paulo - Brasil

A doença arterial coronariana ocorre devido a obstrução e o estreitamento das artérias coronárias decorrentes de placas de aterosclerose, sendo a principal complicação a ruptura da placa que pode desencadear trombose, sendo essa a causa mais comum das síndromes coronárias agudas. A base da abordagem terapêutica da doença coronariana é terapia antitrombótica, embora os anticoagulantes sejam eficazes com resultados terapêuticos positivos, eles podem provocar episódios hemorrágicos, exigindo cuidados especiais para o controle de sangramentos. A suspensão desses medicamentos para procedimentos cirúrgicos odontológicos não é recomendada devido ao alto risco de eventos trombóticos.

Paciente leucoderma, sexo feminino, 57 anos, com antecedentes prévios de doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, submetida a revascularização cardíaca em 2022, hipertensa, diabética tipo 2 insulinodependente e com doença renal crônica sobreposta por lesão renal aguda. Diagnosticada com choque misto (séptico e cardiogênico), tromboembolismo pulmonar e trombose venosa profunda de membro inferior esquerdo, síndrome coronariana aguda e sepse de foco cutâneo, foi submetida a hemodiálise e terapia diária com anticoagulantes (ácido acetilsalicílico 100mg e enoxaparina 60mg), antiagregante plaquetário (clopidogrel 75mg), além de opioides, estatinas, betabloqueador, insulina humana, vasodilatadores, antibióticos, anticonvulsivante, dentre outros. Foi solicitada avaliação da odontologia devido ao quadro de lesões labiais com sangramento ativo, onde o exame odontológico revelou presença de úlceras extensas e hemorrágicas em lábios e fundo de sulco inferior anterior além de doença periodontal crônica. O manejo odontológico englobou higiene oral 2 vezes ao dia com digluconato de clorexidina 0,12% sem álcool, aplicação de pasta de subgalato de bismuto em lesões labiais de 8/8 horas para hemostasia local, além de laserterapia diária nas lesões orais com objetivo de acelerar reparo. Paciente seguiu em acompanhamento diário pela odontologia até a plena cicatrização das lesões labiais e orais.

As equipes de odontologia hospitalar frequentemente atuam em quadros de sangramentos orais exacerbados decorrentes de terapia antitrombótica, quer seja por lesões orais causadas por ressecamento de mucosas, por manipulação inadequada dos tecidos orais, por trauma do tubo orotraqueal ou por lesões decorrentes da condição sistêmica dos pacientes, e é exatamente por este motivo que é essencial que esses profissionais estejam familiarizados com as opções de manobras hemostáticas locais.

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