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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Análise do perfil bioquímico sistêmico e aspectos morfológicos do coração em ratos submetidos ao treinamento intervalado e suplementação com creatina

Richard N. Marques Caputi, Giuliano M. Onaka, Alex Y. Ogura, Alda I. Souza, Maria Lua M. Mendonça, Marina P. Okoshi, Paula F. Martinez, Silvio A. Oliveira-Júnior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - Campo Grande - MS - BRASIL, FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

O treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) promove adaptações cardiorrespiratórias por meio da melhora da capacidade aeróbia estimulando, fisiologicamente, a remodelação cardíaca. Por sua vez, a suplementação com creatina pode potencializar a eficiência metabólica e melhorar a disponibilidade energética em tecidos com alta demanda, como o músculo cardíaco. No entanto, os impactos da combinação entre HIIT e suplementação creatina sobre o coração são ainda pouco descritos. O objetivo deste trabalho foi analisar respostas metabólicas e aspectos morfológicos do coração em ratos submetidos a HIIT e suplementação com creatina. Para isso, ratos Wistar machos (n=40) foram divididos em quatro grupos: controle (C), creatina (Cr), treinamento (T) e treinamento e cretina (TC). Os grupos C e T receberam ração comercial padrão, enquanto Cr e TC foram tratados com ração suplementada (2%) com creatina monoidratada. Durante 12 semanas, os grupos T e TC foram também submetidos a um protocolo de HIIT em esteira rolante (5x/semana). Em seguida, os animais foram eutanasiados e foram realizadas análises do perfil bioquímico sérico e da morfologia macro e microscópica do coração. Os resultados foram analisados com ANOVA e teste de Tukey. Na análise de perfil bioquímico sérico, os grupos treinados revelaram menores níveis de colesterol total (C, 63,2±9,6; Cr, 65,0±8,4; T, 56,5±12,0; TC, 54,6±8,6 mg/dL) e triglicérides (C, 47,7±13,2; Cr, 50,3±11,0; T, 35,9±9,1; TC, 36,3±10,3 mg/dL) quando comparados aos seus respectivos grupos controles. Levando-se em conta os achados morfológicos do coração, os grupos treinados exibiram maior massa de ventrículo esquerdo (VE) normalizada pela massa corporal (C, 1,59±0,05; Cr, 1,57±0,11; T, 1,83±0,09; TC, 1,80±0,05 mg/g). Demais resultados macroscópicos não diferiram entre os grupos. Sobre a análise morfométrica microscópica, os valores da área cardiomiocitária foram maiores no grupo T do que no C (C, 383±56; Cr, 455±92; T, 478±83; TC, 518±112 μm²). Conclui-se que o HIIT, independentemente da suplementação com creatina, reduz os níveis de colesterol e triglicérides e promove hipertrofia miocárdica.

Apoio: CAPES, CNPq, FUNDECT.

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