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QUANDO A PERDA BATE NO PEITO: LUTO E O ADOECER CARDIOVASCULAR

Jennifer de França Oliveira Nogueira, Daniela Reis e Silva, Bruno Augusto Alcova Nogueira
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA - PUC - SÃO PAULO - SP - BRASIL

 

Introdução: as doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte no mundo, e os fatores de risco tanto físicos quanto psicossociais compreendem um grande desafio no dia a dia do cardiologista. Sabe-se que a liberação de catecolaminas no sistema circulatório pelo estresse é um desencadeador de uma série de respostas inflamatórias do organismo, afetando diretamente a saúde cardiovascular; e o luto pela perda de uma pessoa significativa é uma situação geradora de estresse. Assim, considera-se de suma importância conhecer as influências do luto no processo do adoecer cardiovascular.

Método: este artigo apresenta uma revisão integrativa de literatura, visando aprofundar o conhecimento sobre o tema referente ao luto como fator de risco para doenças cardiovasculares e servir de base para o desenvolvimento de cartilhas de orientação para pacientes cardiopatas enlutados e para cardiologistas. Sendo assim, a pergunta norteadora desta pesquisa discorre sobre: Quais correlações podem ser traçadas no processo de luto, que podem impactar a incidência e/ou a desestabilização de doenças cardiovasculares? 

Resultados: traz como resultados a constatação de que as doenças cardiovasculares são muitas vezes desencadeadas de maneira aguda e com efeitos graves, em função da presença de uma situação luto, podendo também gerar uma descompensação de quadros cardiovasculares estáveis, em especial, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), aumento do risco de cardiomiopatia de Takotsubo (CT), infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC) nas primeiras semanas e meses após a perda de cônjuges, filhos e irmãos. O conhecimento do cardiologista sobre situações de luto e seus efeitos cardiovasculares no paciente podem contribuir para o desenvolvimento de ações terapêuticas em situações de luto. Desta forma construímos duas cartilhas, uma direcionado ao conhecimento e orientação do cardiologista e outra aos pacientes cardiopatas enlutados e seus familiares. 

Conclusão: o luto pode atuar como um fator de risco relevante para o desencadeamento e/ou descompensação de condições cardiovasculares, reforçando a necessidade de maior atenção dos profissionais de saúde. 

 

 

 

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