Introdução: Pode-se considerar a Amazônia Brasileira, um local rico de onde emanam termos e expressões pois difere de outros locais no que se refere a variedades linguísticas específicas encontradas no contexto amazônico. Para promover o autocuidado em domicílio dando continuidade à recuperação iniciada no hospital de pacientes que realizaram Revascularização do Miocardio (RVM), a escolha das palavras tem um impacto direto na forma os. Assim, o estudo apresentar uma estratégia educativa em saúde para facilitar a compreensão de pacientes em cuidados pós operatório de RVM na região Amazônica.
Método: Este estudo de abordagem qualitativa utilizou o Arco de Maguerez em um hospital público de cardiologia no Pará. Através de entrevistas semiestruturadas com 15 pacientes pós-cirurgia de RVM, o estudo analisou o processo de engajamento no pós-operatório. As etapas foram seguidas, incluindo observação da realidade, formulação do problema, teorização, elaboração de hipóteses e aplicação à realidade. A análise de conteúdo das entrevistas foi realizada com o auxílio do software IRAMUTEQ, que auxilia no processamento de dados qualitativos e análises estatísticas de textos. Com base nos resultados obtidos, foi elaborada uma cartilha educativa com vocabulário regional.
Resultados: entrevistas com 15 pacientes pós-cirurgia cardíaca revelou 5 temas principais: força física, cuidados com a ferida, medicação, hábitos e alimentação. A força física foi a maior preocupação, com dúvidas sobre atividades cotidianas e sexuais. Pacientes demonstraram insegurança nos cuidados com a ferida e uso de medicamentos, além de reconhecerem a necessidade de mudar hábitos (álcool/cigarro) e dieta. A nuvem de palavras destacou "achar", "mês" e "cirurgia" como termos frequentes, refletindo incertezas e o contexto pós-operatório. Assim, foi possivel elaborar uma cartilha com vocabularios regionais para facilitar a compreesão dos cuidados pós operatórios para pcientes revascularizados.
Figura1.Cartilha de orientações escrita com dialeto paraense para cuidados pós-operatórios para pacientes que relizaram RVM.
Fonte:proprio autor, 2024.
Conclusão: Análise do conhecimento dos pacientes possibilitou a identificação de problemas de compreensão dos pacientes e pontos a serem melhorados no processo de planejamento de alta hospitalar. Paralelo a isso, a criação da cartilha obteve êxito ao reunir elementos populares, culturais, lúdicos e de linguagem acessível, com a proposta de facilitar o entendimento e engajamento do público-alvo.