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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PREVALÊNCIA DE ESTRESSE MENTAL E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS EM CAMPANHAS DE PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Mariana Abreu da Cunha , Danielle Misumi Watanabe , Luiz Aparecido Bortolotto
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A exposição ao estresse mental, tanto agudo quanto crônico, está associada ao desenvolvimento de aterosclerose ao longo do tempo e ao desencadeamento de eventos cardíacos agudos, independentemente dos fatores de risco convencionais. Dessa forma, há a necessidade de conhecer e instruir a população quanto aos riscos e ferramentas de prevenção cardiovascular, além do autocuidado em saúde mental. Objetivos: Avaliar a prevalência de sintomas de estresse em campanhas de prevenção cardiovascular e sua relação com idade, sexo e escolaridade. Métodos: Estudo documental descritivo transversal quantitativo realizado com 271 participantes de campanhas de prevenção cardiovascular e promoção de saúde promovidas por um hospital público de cardiopneumologia, entre 2015 e 2019. Os dados foram extraídos de um banco de dados do Serviço de Psicologia da instituição. O instrumento utilizado nas campanhas foi o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos (ISSL). Os dados foram analisados estatisticamente com testes não paramétricos e regressão logística para a comparação das variáveis do estudo, adotando-se o valor de p<0,05 como significância estatística. Resultados: Os participantes das campanhas foram predominantemente do sexo feminino (64,3%, n=144), com mediana de idade de 45 anos e ensino fundamental de escolaridade (22,7%, n=43). A prevalência de estresse foi de 66,4% (n=180). Dentre os participantes com estresse, 30,5% (n=55) se encontravam em fase de quase-exaustão ou exaustão, sendo os sintomas psicológicos (70,6%, n=127) a via de manifestação predominante. A prevalência de estresse foi significativamente maior entre as mulheres (72,2% vs 27,8%; χ2(1) =12.59; p<0.01; Cramér’s V: 0,237) e em indivíduos mais jovens (51[40, 61] vs 40[28, 56]; U=2701; p<0.001; rb:0,329). A escolaridade e a ocupação profissional não tiveram relação com o estresse. Conclusão: Com base nos dados analisados, foi possível verificar alta prevalência de estresse na população em questão. Sexo e idade foram fatores significativos e independentes na determinação da probabilidade de estresse. Os achados do presente estudo reforçam a importância da avaliação, rastreio e caracterização da população participante de campanhas de prevenção cardiovascular no que se refere ao diagnóstico de estresse.

 

 

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