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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Epidemiologia das Realizações de Revascularizacões com CEC ligadas a doenças cardiovasculares no Estado de São Paulo

GARCIA, GS, Rodrigues, LP, Panta, NM
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares destacam-se como as maiores causas de morte na população brasileira sendo a doença arterial coronariana (DAC) a mais prevalente, segundo o Ministério da Saúde. A DAC é causada pela obstrução das artérias coronárias devido à aterosclerose. O tratamento varia e pode incluir a cirurgia de revascularização com uso de circulação extracorpórea (CEC). Durante a cirurgia, a CEC substitui o coração e os pulmões mantendo-os inativos no procedimento. A decisão da equipe médica pelo uso da CEC considera o perfil clínico do paciente e a experiência do cirurgião, pois o uso de CEC apresenta diversos riscos peri e pós operatórios que podem influenciar na morbimortalidade dos pacientes. METODOLOGIA: Um estudo epidemiológico retrospectivo, transversal e descritivo, utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do Ministério da Saúde. Foi realizado uma análise dos procedimentos de revascularização com CEC, no período de 2015 a 2024, correlacionando com as doenças da classificação internacional de doenças (CID 10) - Angina Pectoris (I20), Infarto Agudo do Miocárdio (I21), Outras Doenças Isquêmicas Agudas do Coração (I24) e Doenças isquêmica crônica do coração (I25). As variáveis analisadas abrangeram número de internações e óbitos comparando sexo, faixa etária e tipo de procedimento. RESULTADOS: No intervalo entre 2015 e 2024, a quantidade de internações e os óbitos registrados por doenças cardiovasculares indicaram que a I20 foi a condição mais prevalente tanto para homens (31%) quanto para mulheres (32,7%). Esta condição também foi responsável pela maior parte dos óbitos entre as doenças cardiovasculares, com 35,6%. A faixa etária de 60 a 69 anos apresentou as maiores taxas de internação e óbito, com 42,7% das internações e 41% dos óbitos ocorridos neste grupo. Além disso, a I21 e a I25 apresentaram também uma significativa carga de internações e óbitos. CONCLUSÃO: De maneira geral, a análise epidemiológica das internações e óbitos revela uma carga elevada nas realizações de revascularização com CEC, especialmente na faixa etária de 60 a 69 anos. Esses achados reforçam a importância de estratégias de prevenção e intervenção precoce, especialmente para a faixa etária mais afetada, com ênfase no manejo adequado das condições isquêmicas, que representam uma carga significativa tanto em termos de internações quanto de mortalidade.

 

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