Introdução:O Diabetes Mellitus descreve uma desordem metabólica, caracterizada por uma hiperglicemia crônica,já a Hipertensão Arterial Sistêmica é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis pressóricos maiores ou iguais a 140 e/ou 90 milímetros de mercúrio (mmHg). O autocuidado pressupõe que o paciente tenha conhecimento sobre si e sobre a doença. A adesão ao tratamento se apresenta de forma multidimensional, com a interação dos fatores socioeconômicos. A autoeficácia é definida como as crenças que o indivíduo possui de suas capacidades em produzir um determinado desempenho. O objetivo desta pesquisa foi identificar a capacidade ao autocuidado, adesão ao tratamento medicamentoso e autoeficácia dos pacientes com diabetes mellitus e ou hipertensão arterial sistêmica atendidos em uma unidade básica de saúde no interior do estado de São Paulo. Método: Trata-se de um estudo transversal, populacional e descritivo analítico com abordagem quantitativa, realizado em uma Unidade Básica de Saúde no interior do estado de São Paulo, com 37 pacientes. Para a avaliação da adesão medicamentosa foi utilizado o Instrumento para Medida da Adesão Medicamentosa (MAT), para a mensuração do autocuidado foi utilizada a Escala para Avaliação das Capacidades de Autocuidado (ASA-A) e para a autoeficácia foi aplicado o Instrumento de Autoeficácia Geral e Percebida. Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE: 77319323.0.0000.5512 e número do parecer 6.788.046 Resultados: Da população estudada, 54,1% é do sexo feminino, 67,6% com 60 anos ou mais e 91,9% sabem ler e escrever. Dentre estes, 64,9% são aposentados e 78,4% classificam sua satisfação das necessidades básicas como boa. Com relação à adesão ao tratamento medicamentoso, os pacientes apresentaram média de 37,85, desvio padrão de 10,36 e mediana de 40,24, com variação de 31 a 42 pontos do escore total. Na avaliação da capacidade para o autocuidado dos 37 pacientes obteve-se média de 92,54, desvio-padrão de 10,27, mediana de 94,80, com variação de 72 a 109 pontos do escore total. Para autoeficácia, os pacientes obtiveram média de 40,56, desvio-padrão de 9,36 e mediana de 31,85, com variação de 23 a 49 pontos do escore total.Conclusão: Considera-se que houve uma satisfatória adesão medicamentosa, capacidade para o autocuidado e autoeficácia, no entanto, não houve correlação entre as variáveis estudadas.