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Efeitos da carga de treinamento e duração do programa de reabilitação cardíaca na melhora do índice de reabilitação locomotor em pacientes com insuficiência cardíaca

Franzoni, LT, da Motta, SB, Busin, D, Stein, R, da Silveira, AD
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - - RS - BRASIL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - - RS - BRASIL, UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - - RS - BRASIL

Introdução: A carga de treinamento (CT) de um programa de reabilitação cardíaca (RC) é o produto do volume pela intensidade de exercício. Os modelos convencionais de RC utilizam CT de exercícios de forma linear. odelos de treinamento com CT oscilatória têm demonstrado melhores resultados em atletas, mas ainda não se sabe seu comportamento em indivíduos com insuficiência cardíaca (IC). Nesse contexto, é importante compreender os efeitos do controle da CT e analisar sua influência sobre diferentes variáveis, como o índice de reabilitação locomotora (IRL). O IRL reflete a diferença entre a velocidade ótima de caminhada e a velocidade autosselecionada de caminhada (VAS). Objetivo: Investigar os efeitos da CT de um programa de RC de 16 semanas no IRL e na VAS de pacientes com IC. Além disso, analisar a influência da CT como preditora de melhora no IRL e na VAS. Métodos: Estudo pragmático, longitudinal e observacional, com desenho de grupo único. Participantes com IC crônica de um hospital universitário terciário foram recrutados. Foram incluídos pacientes com mais de 18 anos e IC estável por pelo menos 3 meses. Os participantes completaram 16 semanas de RC, com duas sessões semanais, incluindo treinamento aeróbico (TA) e treinamento de força (TF). Os principais desfechos, incluindo IRL e VAS, foram avaliados antes e após a intervenção. Análises de regressão univariada e multivariada foram realizadas para identificar determinantes das melhorias no IRL e VAS. Resultados: 26 pacientes completaram o programa de RC (mediana de idade de 59,95 [11,46]), sendo 50% do sexo feminino. A amostra incluiu 46,2% de pacientes com IC isquêmica. Houve um aumento significativo no IRL (pré: 76,47 ± 11,84% para pós: 82,95 ± 13,12% com P<0,01) e na VAS (pré: 3,99 ± 0,72 km/h para pós: 4,29 ± 0,75 km/h com P<0,01). A CT do TA e o número de semanas de intervenção (NSI) foram preditores do aumento no IRL. A equação de regressão linear multivariada para as mudanças no IRL foi: “ΔIRL (%) = -7,971 + 0,137 x ΔCT do TA + 1,129 x NSI + erro”, com idade e sexo como covariáveis. A correlação encontrada foi forte (R = 0,75, P = 0,007), explicando quase 60% da variância no IRL (R2 = 0,563). Conclusão: A CT do TA e o NSI foram importantes preditores para melhorar o IRL em pacientes com IC, independentemente de idade e sexo. A combinação de TA e de TF, com controle adequado da CT ao longo de 16 semanas, resultou em melhorias significativas no IRL e na VAS. Os resultados sugerem que programas de RC adaptados, com controle da CT, podem otimizar os resultados em pacientes com IC.

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