Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é considerada uma síndrome metabólica grave e de alta complexidade, definida pela incapacidade do coração realizar suas demandas metabólicas tissulares, e está associada a altas taxas de morbimortalidade em contexto mundial. Sendo assim, o enfermeiro possui um importante papel na realização de ações educativas em saúde, a fim de beneficiar o prognóstico destes indivíduos. Objetivo: Relatar a experiência sobre a construção de uma proposta de projeto aplicativo em ambiente ambulatorial direcionado aos indivíduos portadores de IC. Método:Trata-se de um relato de experiência descritivo de um residente de enfermagem em Saúde Cardiovascular, realizado em um hospital terciário público especializado em cardiologia, localizado na cidade de São Paulo. Portanto, foi desenvolvido uma abordagem metodológica seguindo as etapas: análise, desenho, desenvolvimento, avaliação e administração com a finalidade de associar o processo de construção e desenvolvimento de um produto e ações de melhoria no que tange educação em saúde e adesão dos indivíduos às terapêuticas de saúde propostas. Resultados: Na fase de análise foi realizado diagnóstico situacional na unidade ambulatorial cardiológica, com roda de conversa ressaltando as principais necessidades com grande impacto ao estilo de vida dos indivíduos com IC. Na segunda etapa, desenho, identificou-se fatores influenciadores à diminuição da qualidade de vida do perfil de pacientes delimitado, e respectivamente, ordenado as variáveis a serem avaliadas e mensuradas por meio de instrumentos científicos validados (conhecimento, atividades de vida diária, autocuidado, sexualidade, adesão terapêutica, a classe funcional da doença, carga de comorbidades, autoeficácia, sono, ansiedade e depressão, capacidade cognitiva e suporte social percebido). Na terceira etapa, o desenvolvimento, evidenciou-se instrumentos validados e adaptados no contexto nacional. Na quarta etapa, na avaliação, o projeto aplicativo foi analisado por especialista em cardiologia, identificando a compatibilidade dos instrumentos e a aplicabilidade prática. Na última etapa, administração, constituiu-se a operacionalização da mobilização e a projeção das ações educativas implementadas para a melhoria da adesão e qualidade de vida deste perfil de paciente. Conclusão: Portadores de insuficiência cardíaca apresentam fragilidades que impactam na adesão e na qualidade de vida. Nesta perspectiva, o enfermeiro com planejamento estratégico atua na promoção de ações educativas em saúde, responsável pela promoção de saúde.