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Impacto da nova classificação da obesidade na prevalência entre colaboradores de um hospital quaternário de cardiologia

Pâmela Galesso Lanza, Laryssa Tatiane Teixeira Costa, Giovana Alves Carvalho, Julia Souza Siqueira de Andrade, Camila Pereira da Costa, Luiz Aparecido Bortolotto
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A nível populacional, o Índice de Massa Corporal (IMC) é utilizado para classificar o estado nutricional. Um indivíduo adulto é classificado com obesidade quando o IMC é maior ou igual a 30 kg/m². Contudo, sabe-se que esse parâmetro apresenta diversas limitações, incluindo a baixa sensibilidade à composição corporal dos indivíduos. Em janeiro de 2025, Rubino e colaboradores apresentaram critérios que contribuem para um diagnóstico mais sensível da obesidade. Esta proposta sugere a combinação do IMC com medidas antropométricas associadas à adiposidade. Objetivo: Comparar o diagnóstico de obesidade utilizando exclusivamente o IMC com a nova proposta de classificação da obesidade. Métodos: estudo transversal, retrospectivo e descritivo, realizado com dados antropométricos de colaboradores de um hospital de referência em cardiopneumologia, coletados entre 2017 e 2024. Foi chamado de método convencional quando o IMC≥30 kg/m² foi utilizado para o diagnóstico de obesidade. Para o método novo, proposto pela Comissão Lancet Diabetes & Endocrinologia, foram considerados obesos aqueles com IMC≥40 kg/m² ou IMC≥30 kg/m² + Circunferência da Cintura (CC) elevada ou IMC≥30 kg/m² + Relação Cintura Estatura (RCE) elevada ou CC elevada + RCE elevada. Considerou-se CC elevada maior que 102 cm para homens e maior que 88 cm para mulheres, e RCE elevada maior que 0,5. Resultados: foram avaliados 155 adultos com média de idade de 48±12 anos, sendo 81,9% sexo feminino. Cerca de 60,0% da amostra foram classificadas com alto risco cardiovascular pela medida da CC. A partir da RCE, 83,8% da população apresentou elevado risco metabólico. Utilizando o método diagnóstico convencional, observou-se uma prevalência de 43,2% (n=67) de obesidade. Quando aplicados os novos critérios para definição de obesidade, observou-se uma prevalência média de 60,0% (n=87), evidenciando um aumento de 38,8% na prevalência de obesidade. Quando os critérios diagnósticos são avaliados separadamente, apresentam variações importantes. Enquanto 43,9% e 43,2% da amostra foram classificadas com obesidade a partir da combinação do IMC com RCE e CC, respectivamente, apenas 3,2% se enquadraram no critério único de IMC >40 kg/m². O que chama a atenção é que 58,7% da amostra foi diagnosticada a partir da combinação da RCE e CC elevadas, independente do IMC. E que, além disso, 71,6% da amostra com IMC Conclusão: A inclusão de indicadores de adiposidade na avaliação nutricional podem contribuir para melhor sensibilidade do diagnóstico de obesidade.

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45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025