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MANEJO NUTRICIONAL PÓS-TRANSPLANTE CARDÍACO: RELATO DE CASO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA CARDIOLÓGICA DE ALAGOAS.

CAMILA MARIA LARANGEIRAS MAIA, Laura Maria Melo Reis , Cynthia Paes Pereira, Ana Adélia Cavalcante Hordonho, Thayrone Romario da Silva Santos, Sarah Bezerra de Oliveira, Otoni Flavio Andrada Verissimo, Carlos Humberto Bezerra Junior
HOSPITAL DO CORAÇÃO ALAGOANO PROF ADIB JATENE - MACEIO - ALAGOAS - BRASIL

INTRODUÇÃO: Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais e caracteriza-se por sinais e sintomas que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço. O transplante cardíaco persiste sendo o tratamento de escolha para a insuficiência cardíaca refratária. MÉTODO: Foi elaborado um relato de caso com base em dados clínicos e nutricionais extraídos de prontuários eletrônicos de um hospital especializado em cardiologia de Alagoas. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente, sexo feminino, 45 anos, portadora de miocardiopatia, sintomas iniciados pós COVID, com fração de ejeção reduzida (ICFER 21%) sintomática, de classe NYHA 3 a 4 e fibrose cardíaca. Devido à piora da classe funcional e tratamento medicamentoso sem sucesso, teve indicação de transplante cardíaco, apresentando ortopneia, edemas em membros inferiores, dispneia progressiva, ascite.RESULTADOS: Diante da avaliação nutricional apresentou risco nutricional de acordo com a ferramenta Nutritional Risk Screening 2002 e pelos dados antropométricos índice de massa corporal (IMC) de 25,9 kg/m2 (Sobrepeso), circunferência de braço (CB) de 34 cm (108% Eutrofia). As necessidades nutricionais foram calculadas com 30 kcal/kg/peso ao dia e 1,5 g/proteína/kg, respectivamente. Os mesmos valores foram mantidos no período pós-operatório. A paciente recebeu abreviação de jejum (líquido claro, sem resíduo) 3 horas antes do procedimento cirúrgico,apresentando pós operatório com boa evolução clínica e nutricional. Permaneceu 5 dias em unidade de terapia intensiva (UTI). No 1 PO iniciou dieta líquida de prova, com boa tolerância, em seguida, foi liberada dieta pastosa com ingestão de 60% do ofertado. No 2 P.O iniciou dieta branda com suplementação nutricional normocalórica e hiperprotéica ingerindo 80% do ofertado, posteriormente atingindo 100%. Os dados antropométricos mostraram a manutenção do estado nutricional (EN), mesmo com redução do IMC e CB, no período do internamento, o que pode ser esperado pelo trauma cirúrgico, alto catabolismo e estresse oxidativo. Após 18dias de internamento, recebeu alta hospitalar. CONCLUSÃO: A intervenção nutricional auxilia na preservação do EN durante o perioperatório. O sucesso da intervenção nutricional em pacientes candidatos à Tx cardíaco é desafiado pela condição clínica do paciente e imobilismo prolongado.

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