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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ABORDAGEM DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA DETECÇÃO PRECOCE DA FIBRILAÇÃO ATRIAL: USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, Figueiredo, TR, Sousa, MCL, Moura Junior, JM, Cabral, JVB, Bazante, LP, Leite, LC, Oliveira, DC, Silva, LRV, Sobral Filho, DC
Universidade de Pernambuco - Recife - PE - Brasil, FIOCRUZ - Recife - PE - Brasil

Introdução: A Fibrilação Atrial (FA) é a arritmia mais comum na prática clínica, gerando grande impacto na saúde pública por sua alta morbimortalidade. A carga global da FA tem crescido substancialmente, as  projeções indicam que o número de pessoas afetadas pela FA continuará a crescer, aumentando a sobrecarga sobre os sistemas de saúde. Como resultado da natureza complexa, progressão, composição genética inerente e heterogeneidade, acredita-se que os tratamentos personalizados para as Doenças Cardiovasculares (DCVs), com o foco na saúde de precisão, se façam necessários. Objetivo: Desenvolver um protocolo de atendimento multidisciplinar fundamentado no uso  de inteligência artificial e aprendizado de máquina para geração de novos entendimentos sobre a FA, com análise preditiva de dados clínicos, eletrocardiográficos e genéticos. Método: Trata-se de um estudo metodológico que versou sobre a elaboração de um protocolo de atendimento para predição de risco de desenvolver a FA, em ambulatório de cardiologia, na cidade de Recife, Pernambuco. Foram utilizadas técnicas de inteligência artificial e de aprendizado de máquina (machine learning - ML), o que pode levar a novos insights sobre a identificação precoce da FA, possibilitando tratamentos mais personalizados através de análise preditiva e triagem genética avançada. Resultados: O protocolo desenvolvido foi organizado em 3 fases, sendo elas 1. acolhimento do paciente, onde ocorre a coleta de dados clínicos, a realização de eletrocardiograma (ECG) e a coleta de sangue (para extração de DNA e detecção dos polimorfismos); 2. consulta multidisciplinar, consulta com enfermeiro, médico e biomédico; 3. reavaliação semestral, onde o ECG é feito novamente, além de avaliação clínica. A detecção precoce e o manejo adequado são essenciais para reduzir as complicações, mas requerem investimentos em educação, infraestrutura e acesso a cuidados de saúde. Assim, 75% das DCVs prematuras poderiam ser evitadas com uma maior compreensão dos fatores de risco e das doenças genéticas associadas.  Conclusões: A FA está associada a um risco aumentado de eventos adversos e o seu manejo representa um fardo econômico significativo. Apesar dos avanços nos tratamentos, muitos casos de FA permanecem subdiagnosticados ou inadequadamente gerenciados, especialmente em populações vulneráveis. A detecção precoce ou identificação da probabilidade de desenvolver a doença, pode ser feita pela equipe multidisciplinar, com o enfoque na melhoria da qualidade de vida e no melhor gerenciamento da sua condição de saúde-doença.

 

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