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Miocardiopatia hipertrófica: um diagnóstico diferencial de dor torácica no pronto socorro e a cintilografia miocárdica como ferramenta diagnóstica

Gabriel Martins Pistori, Elry Medeiros Vieira Segundo Neto, Mariana Ayaka Yamashita, Eduardo Mikio Sassaki, Gustavo Rebeque Modolo, Paul Alejandro Salvador Morales, Yasmin Calegari Fachinetti, Thaysa Louzada , Laiz Teixeira Pontes
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a doença cardíaca genética mais prevalente, com uma variabilidade fenotípica ampla, sendo os sintomas mais comuns a dispneia aos esforços, dor torácica, síncope e palpitaçõesA dor torácica, pode ocorrer mesmo na ausência de doença arterial coronariana (DAC) e está associada a mecanismos como desbalanço entre oferta e consumo de oxigênio, disfunção microvascular e compressão de vasos intramurais. Esse sintoma é especialmente relevante em avaliações no pronto-socorro, particularmente em pacientes sem diagnóstico prévio de CMH que apresentam dor torácica suspeita para DAC. Nesse contexto, a cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) desempenha um papel fundamental na investigação diagnóstica e estratificação de risco.

Métodos:Foram incluídos pacientes que procuraram atendimento em pronto socorro (PS) de hospital terciário de cardiologia devido a dor torácica suspeita de DAC, sem diagnóstico prévio de CMH e sem alterações em marcadores de necrose miocárdica. Todos os pacientes realizaram cintilografia de perfusão miocárdica com sestamibi-99mTc associada à prova funcional com dipiridamol.

Resultados:Em todos os casos foram identificados achados típicos de CMH, como aumento da concentração de sestamibi-99mTc nas regiões apical e/ou septal, os quais foram posteriormente confirmados por outros métodos de imagem, como ecocardiograma, angiotomografia ou ressonância magnética cardíaca.Dois pacientes apresentaram áreas concomitantes de isquemia de pequena a média extensão na CPM (paciente 1 e 2), ambos com angiotomografia de coronária normais. Entre os três pacientes sem alterações isquêmicas na perfusão, dois (paciente 3 e 4) foram submetidos a angiotomografia de coronárias, com ausência de lesões coronarianas e um deles (paciente 5) foi submetido a cateterismo cardíaco com lesão em coronária direita de 70%. Este último foi submetido a ressonância magnética com estresse farmacológico, confirmando ausência de isquemia.

Conclusões: Essa série de casos destaca o papel da cintilografia de perfusão miocárdica como ferramenta diagnóstica importante em pacientes com dor torácica suspeita de DAC, possibilitando a identificação de diagnósticos diferenciais como a CMH, mesmo em cenários clínicos desafiadores.

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