CONHECIMENTO DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM SOBRE O ACIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR.
Caio Graco Oliveira Santos, Henrique Gabriele Baseio, Simone Alvarez Moretto, Juliana Thomaz Palladino.
INTRODUÇÃO: De acordo com o conceito “Golden Hour” (hora de ouro), quanto menor o tempo dispendido para o atendimento pré-hospitalar, maiores são as chances de sobrevida das vítimas. Neste sentido, agravos de maior criticidade como é o caso da síndrome coronariana aguda e parada cardiorrespiratória, exigem, além do atendimento de excelência, a rápida chegada das equipes na cena. Assim, o desconhecimento do número correto para acionamento dos serviços de emergência retarda o atendimento inicial que, em última análise, pode contribuir para um desfecho não favorável às vítimas. MÉTODO: Estudo transversal com 61 quartanistas do curso de enfermagem de uma instituição de ensino superior privada no município de Santo André. Os participantes responderam à um questionário com perguntas direcionadas à verificação do conhecimento sobre o correto número para acionamento de emergência pré hospitalar em casos de emergências clínicas como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico e/ ou parada cardiorrespiratória. Os dados foram catalogados no programa Microsoft Excel versão 2501 e, posteriormente analisados por meio de estatística descritiva. O presente estudo foi submetido à análise ética e aprovado com número de parecer 7.293.255. RESULTADOS: Compuseram a amostra 61 graduandos do quarto ano de enfermagem. Nestes, houve predominância de adultos jovens, do sexo feminino (88,5%). Além de serem graduandos em enfermagem, 29,5% eram técnicos ou auxiliares de enfermagem. Ao serem questionados sobre o número que deveriam acionar em caso de emergência clínica, apenas 54,1% responderam assertivamente informando o 192. Outros números citados foram o 193 (14,8%), 190 (16,4%) 185, 156, 180 dentre outros (14,7%). CONCLUSÃO: O conhecimento dos números para acionamento dos serviços de emergência é fundamental para a agilidade no atendimento com vistas à maior sobrevida. Os dados do presente estudo informam desconhecimento de significativa parcela de indivíduos pertencentes à área da saúde. Assim, torna-se mister e urgente projetos de educação em saúde com vistas à informação e educação da população sobre o correto acionamento de serviços pré-hospitalares de emergência no Brasil.