INTRODUÇÃO: O protocolo de dor torácica é essencial para guiar a decisão clínica no manejo do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), principal causa de mortalidade mundial. Sua aplicação otimiza o atendimento, melhora a eficiência da equipe, reduz o tempo de intervenção e aumenta as chances de desfechos favoráveis. OBJETIVO:Destacar a importância da implementação do protocolo dor torácica, através de um relato de caso, com o apoio do Projeto Boas Práticas em Cardiologia (BPC) junto a um Hospital de Excelência localizado em São Paulo. CASO CLÍNICO:Paciente V.U., 60 anos, sexo masculino, procurou atendimento em uma UPA localizada em Santa Catarina com queixa de dor torácica, iniciada há30minutos, com queimação e sem irradiação associado a náusea e sudorese intensa. Durante anamnese,informou as seguintes comorbidades:Hipertensão Arterial Sistêmica e tabagismo com alta carga tabágica. Foi admitido no dia 31/12/2024 às 14h45, com imediata ativação do Protocolo de Dor Torácica. O eletrocardiograma (ECG) foi realizado às 14h50, com um Tempo Porta-ECG de 5 minutos. O exame confirmou o diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST (IAMCSSST). Diante do quadro, foi realizada teleinterconsultoriacom o médico especialista do Projeto BPC. Em seguida, o paciente foi encaminhado para a sala de emergência, onde recebeu dose de ataque de AAS e clopidogrel.Simultaneamente, foi realizado contato com o hospital de referência da região para solicitação de transferência. Durante o período de espera, o paciente permaneceu sob monitorização contínua e assistência da equipe multidisciplinar. A transferência foi realizada às 15h25min, totalizando um Tempo Porta-Transferência de 39min. O paciente foi submetido àangioplastia com colocação de stente recebeu alta hospitalar no dia 04/01/2025, seguindo em acompanhamento cardiológico.CONCLUSÃO: A implementação do Protocolo de Dor Torácica, em parceria com o Projeto Boas Práticas em Cardiologia, demonstrou um impacto positivo na agilidade do atendimento em uma UPA, reduzindo significativamente o tempo porta-ECG e porta-transferência. Isso reforça a importância de protocolos estruturados e da capacitação da equipe na identificação precoce da Síndrome Coronariana Aguda, otimizando o cuidado e melhorando os desfechos clínicos.