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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

TERAPIA ANTICOAGULANTE BASEADA EM ALGORITMO FARMACOGENÉTICO: PROTOCOLO DE ATENDIMENTO POR EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, Figueiredo, TR, Sousa, MCL, Pereira, GM, Silva, RRC, Paiva, BLX, Leite, LC, Sobral Filho, DC, Silva, LRV
Universidade de Pernambuco - Recife - PE - Brasil, FIOCRUZ - Recife - PE - Brasil

Introdução: A Fibrilação Atrial (FA) é a arritmia supraventricular mais comum na prática clínica. Um a cada seis acidentes vasculares cerebrais ocorre em pacientes com FA, levando a necessidade  de iniciar a terapia anticoagulante. A varfarina ainda é o Anticoagulante Oral (ACO) de escolha em diversas situações, porém, o benefício clínico e o risco da terapia com ACO estão associados com o tempo da Razão Normalizada Internacional (RNI). A farmacogenética é a ciência que prediz a resposta aos fármacos, baseando-se em marcadores genéticos individuais. Ao compreender a relação entre o genótipo e a resposta a um fármaco, a farmacogenômica tem potencial para ajudar os profissionais de saúde a predizer a dose terapêutica da varfarina. Objetivo:  Desenvolver um protocolo de atendimento multidisciplinar baseado em algoritmo farmacogenético para pacientes com fibrilação atrial em uso de ACO. Método: Trata-se de um estudo metodológico que versou sobre a elaboração de protocolo para de ambulatório de  anticoagulação de um hospital referência em cardiologia, na cidade de Recife, Pernambuco. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE: 77321024.4.0000.5192. Resultados: O protocolo desenvolvido foi organizado em 3 fases, 1. acolhimento do paciente, onde ocorre a coleta de dados clínicos (como peso, altura, cor, histórico pessoal, medicamentos) e coleta de sangue (para extração de DNA e detecção dos polimorfismos); 2. consulta multidisciplinar (com enfermeiro, médico, biomédico e farmacêutico), onde avaliam a RNI, a adesão, os polimorfismos e qual será a melhor dose semanal de acordo com o algoritmo farmacogenético; 3. reavaliação mensal, onde é o avaliada a adesão, a RNI e eventos adversos. O protocolo é uma ferramenta essencial para manter a organização eficiente, proporcionando um modelo adequado dos procedimentos que se deseja efetuar, de forma a criar padrões de acordo com os objetivos da instituição. A terapia guiada com base no genótipo propõe melhorar a segurança e a eficácia da terapia anticoagulante, levando a redução dos índices de complicações e da necessidade de internamento, entregando ao paciente uma abordagem mais precisa e personalizada, baseada na literatura, porém voltada para as necessidades individuais. Conclusões: O protocolo desenvolvido pode estabelecer uma abordagem inovadora para anticoagulação a partir do algoritmo baseado nos genótipos, melhorar a qualidade de vida do paciente com FA. A equipe multidisciplinar desempenha um papel essencial ao fornecer cuidados integrados e contribuir para o bem-estar do paciente.

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