Introdução: atendimento aos pacientes pós-cirúrgicos pediátricos portadores de cardiopatias congênitas requerem competências específicas dos profissionais de enfermagem que prestam assistência a este perfil de paciente. As cardiopatias congênitas são definidas como anormalidades presentes na anatomia do coração, algumas delas sendo incompatíveis com a vida e necessitando de intervenção cirúrgica imediatamente após o nascimento.
Objetivos: Identificar as percepções dos enfermeiros atuantes da unidade de terapia intensiva pós-cirúrgica pediátrica quanto às competências profissionais necessárias para atuar no pós-operatório pediátrico; Identificar as percepções dos enfermeiros atuantes da unidade de terapia intensiva pós-cirúrgica pediátrica quanto às dificuldades encontradas para atuar no cuidado de crianças após procedimento cirúrgico cardíaco
Metodologia: foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa. utilizamos a Análise de Conteúdo. A coleta de dados foi realizada mediante à aplicação de um instrumento não estruturado (perguntas abertas), composto por indicadores sócio demográficos e questões orientadoras sobre competências e principais dificuldades encontradas. Esta pesquisa foi avaliada e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Participaram da pesquisa 12 enfermeiros, sendo todas do sexo feminino, residentes na cidade de São Paulo, cujo perfil profissionais sendo todas especialistas em cardiologia e/ou UTI adulto e pediátrica.
Resultados: as narrativas sobre as questões de competência necessárias e dificuldades encontradas foram desmembradas e separadas em categorias para discussão. Foram desveladas 3 categorias com relação às competências necessárias: Conhecimento teórico e cientifico; comunicação e relacionamento interpessoal e habilidades técnicas. Já na questão dificuldades foram desveladas 4 categorias: “cardiopatias congênitas ”-peculiaridades do paciente, conhecimento, falta de educação continuada e limitações de recursos humanos.
Conclusão: As enfermeiras consideram o conhecimento teórico científico como uma das principais competências necessárias para atuar com o perfil de paciente da UTI Pós Cirúrgica Pediátrica. As principais dificuldades encontradas estão relacionadas com a peculiaridade do paciente que, ao chegar na unidade de terapia intensiva cirúrgica, demanda conhecimento avançado de altíssimo nível que não é ensinado em cursos de graduação.