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Indivíduos com insuficiência cardíaca: quem são seus cuidadores?

Laura da Silva Araujo, Ana Beatriz da Silva Lima, Pedro Paulo Fernandes de Aguiar Tonetto, Kethlen Louise Palha Ferrari, Yanne da Silva Camargo, Carina Aparecida Marosti Dessoti, Rosana Aparecida Spadoti Dantas
EERP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - SP - BRASIL

Introdução: Os cuidadores desempenham um papel fundamental nos cuidados de pessoas com  Insuficiência Cardíaca (IC), contribuindo com a prevenção da descompensação clínica da doença e hospitalização. A participação do cuidador familiar tem sido associada a uma melhor sobrevivência e melhor qualidade de vida do indivíduo com IC. O objetivo do estudo foi investigar o perfil sociodemográfico dos cuidadores de pacientes com diagnóstico de IC, em seguimento ambulatorial.

 

Método: Estudo observacional e transversal realizado em hospital universitário do interior paulista. Foram entrevistados os indivíduos que estavam acompanhando os pacientes nas consultas ambulatoriais e que responderam ser o cuidador principal. As entrevistas ocorreram no período entre novembro de 2023 e fevereiro de 2025. Dados clínicos dos pacientes foram obtidos nos prontuários eletrônicos. Foram realizadas análises descritivas das variáveis categóricas e medidas de tendência central e de dispersão para as variáveis contínuas. Os dados foram processados pelo softwares IBM SPSS® versão 25.0.

 

Resultados: Entre os 167 participantes, constatamos que a maioria era formada por mulheres(n=81;76,6%), com média de idade de 52,0 anos (Desvio padrão (D.P.) = 16,4), casadas/união estável (n=101; 60,5%). Com relação ao vínculo com os pacientes, a maioria dos cuidadores era de cônjuge (n=62, 37,1%) e filhos (n=64, 38,3%), que residiam com os pacientes (n= 109, 65,3%) e realizavam os cuidados há mais de três anos (n= 118; 70,7%). Entre eles, 60,4% residiam em outras cidades do estado e 48,5% ainda realizam trabalho remunerado, características que podem aumentar a sobrecarga destes cuidadores. Com relação aos pacientes, a maioria era do sexo masculino (n= 86, 51,5%) e a média de idade foi de 66 (D.P.= 33) anos. A etiologia da IC com maior prevalência foi a isquêmica (34,7%), seguida da dilatada e idiopática (16,2%). A média da Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo (FEVE) foi de 30,3% (D.P. = 12,5) e as classes funcionais da New York Heart Association (NYHA) mais prevalente foram II (n= 60; 35,9%) e III (n=78; 46,7%). A média de consultas ambulatoriais foi de 3,97 (D.P.= 4,2) e média de 0,77 (D.P.= 1,27) internações nos últimos seis meses. 


Conclusão: Os resultados obtidos corroboram que os cuidadores são mulheres, esposas ou filhas dos pacientes que residem no mesmo domicílio e que, além dos cuidados prestados ao familiar doente, também se dedicam às demais funções sociais. Tais fatores podem contribuir para o adoecimento e a piora da qualidade de vida destas cuidadoras.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025