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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NA LINEARIDADE E CONTINUIDADE DO TRATAMENTO DE DIABETES EM PACIENTES CARDIOPATAS

Andressa Tadeu Moreira Fernandes, Mariana de Sozzo Aleixo, Regina Queiroz Machtura, Lorrany Oliveira Sousa Pias, Mariana Cappelletti Galante, Ana Lucia Rego Fleury De Camargo
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Pacientes com diabetes tipo 2 possuem risco aumentado de morbimortalidade cardiovascular. O uso adequado de antidiabéticos como metformina, inibidores do cotransportador de sódio-glicose-2 (SGLT2) e insulinas não promove apenas o controle glicêmico, mas também exerce efeitos cardioprotetores, contribuindo para a redução do risco de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos. Este estudo tem como objetivo descrever as ações do farmacêutico clínico durante a hospitalização e desospitalização destes pacientes, tanto no monitoramento, quanto na otimização do tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado no Hospital Terciário Especializado em Cardiopneumologia em São Paulo. Foram analisados dados do registro farmacêutico da Assistência Farmacêutica Clínica em prontuário, no período de janeiro a dezembro de 2024. Utilizou-se o método estatístico descritivo para a análise das variáveis. Resultados: Foram avaliados 292 pacientes, sendo 50,8% (150) do sexo feminino, com média de idade de 65 ± 10 anos (30-94). Foram realizadas 537 intervenções farmacêuticas relacionadas aos medicamentos antidiabéticos, sendo 28,0% (151) durante a internação e 72,0% (386) no momento da alta hospitalar. Os principais subtipos de intervenção foram: 37,2% (200) conciliação medicamentosa, destas, 170 na alta hospitalar; 27,4% (147) de orientação ou encaminhamento da equipe ou paciente, sendo a maioria, 136, na alta hospitalar; 14,0% (75) inclusão de medicamento; e, 8,0% (43) solicitação de exame laboratorial. A aceitabilidade das intervenções pela equipe médica foi de 85,7% (460). Dos medicamentos envolvidos, 38,7% (208) das intervenções farmacêuticas estavam relacionadas à dapagliflozina, sendo 96 para orientação dos critérios de elegibilidade e 35 para solicitação de exame (glicose em jejum e hemoglobina glicada) conforme critérios estabelecidos para dispensação pelo Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde; 29,9% (172) foram referente às insulinas; e, 21,7% (116) de metformina, destas 79 intervenções foram para a conciliação do medicamento na alta hospitalar. Conclusão: A atuação do farmacêutico foi fundamental para a otimização da terapia medicamentosa e segurança do paciente  contribuindo para a melhora dos desfechos clínicos, redução de complicações cardiovasculares e morbimortalidade. Destacando a importância da conciliação medicamentosa na alta hospitalar e as orientações para continuidade do tratamento.

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