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Assistência de enfermagem ao paciente com mediastinite no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio: relato de caso

Thais Hudson Carneiro, Vitória Fagian de Souza, Thais Lisboa, Ana Paula da Conceição, Sérgio Henrique Simonetti
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL, HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - SP - BRASIL

Introdução: Embora rara, com incidência de 0,6% a 5,6%, a mediastinite, uma infecção profunda da ferida operatória, está associada ao prolongamento da internação e atraso na recuperação, contribuindo para o aumento da morbimortalidade, com taxas de letalidade entre 14% e 32%. Fatores como obesidade, tabagismo, tempo prolongado de circulação extracorpórea (CEC) e reintervenções cirúrgicas predispõem à sua ocorrência.  Objetivo:Relatar a assistência de enfermagem a um paciente submetido a cirurgia de revascularização do miocárdio, diagnosticado com mediastinite e osteomielite do osso esternal. Metodologia:Relato de caso realizado em agosto de 2024, com análise de dados clínicos para o planejamento de cuidados de enfermagem. O estudo seguiu os princípios éticos da Resolução n.º 466/2012, com consentimento livre e aprovação do comitê de ética. O planejamento baseou-se no Processo de Enfermagem e nas taxonomias da NANDA Internacional (North American Nursing Diagnosis Association), NOC (Nursing Outcomes Classification) e NIC (Nursing Interventions Classification),garantindo uma abordagem sistemática do cuidado. Realizado em um hospital público de São Paulo, especializado em saúde cardiovascular durante estágio do programa de residência multiprofissional. Resultados: Paciente feminina, 53 anos, hipertensa, diabética e dislipidêmica, diagnosticada com doença arterial coronariana em 2023.Submetida a cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio em março de 2024, teve tempo de CEC prolongado (100 minutos) devido a rompimento de anastomose e reintervenção. No pós-operatório, desenvolveu mediastinite com instabilidade esternal, necessitando lavagens cirúrgicas e isolamento do mediastino. Elencado diagnóstico de enfermagem de recuperação cirúrgica retardada com planejamento de enfermagem priorizando a melhora da tolerância à atividade, estado respiratório, gravidade da infecção, cicatrização por segunda intenção e eficácia da bomba cardíaca. As intervenções incluíram: cuidados cardíacos e respiratórios, controle da dor e infecção, monitoramento de eletrólitos, cuidados com dreno torácico e educação sobre o processo da doença. Conclusão: O planejamento de enfermagem proporcionou melhorias nos indicadores de saúde, como o aumento da tolerância à atividade, a melhora do estado respiratório, a cicatrização efetiva da ferida operatória por terceira intenção e uma maior compreensão por parte da paciente e sua família sobre o cuidado. Apesar da internação prolongada, intervenções bem planejadas minimizaram danos e promoveram recuperação funcional ágil.

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