Introdução: Aintervenção coronária percutânea (ICP) é considerada uma terapia alternativa à cirurgia cardíaca, sendo, atualmente, o procedimento mais utilizado para essa finalidade. Com isso, vê-se a necessidade de prestar uma boa assistência aos pacientes submetidos à ICP, o que não é possível sem a presença do enfermeiro, que é responsável pelo gerenciamento desse atendimento desde a admissão do paciente no hospital, até o atendimento no pós-alta. A consulta de enfermagem, assegura uma abordagem holística e individualizada, e fortalece a interdisciplinaridade na assistência à saúde. No entanto, ainda há escassez de documentos específicos que orientem essa prática de forma sistemática. Objetivo: Desenvolver um protocolo para a consulta de enfermagem em um ambulatório de doenças cardiovasculares destinado a pacientes no período pós-intervenção coronária percutânea. Métodos: Estudo do tipo metodológico que foi realizado em três fases: observação das consultas; busca na literatura; e Finalização da construção. Como ponto de partida, foi utilizada a estratégia PICO, baseada na seguinte pergunta: “Como a implementação de um protocolo para consulta de enfermagem contribui para a promoção do autocuidado, adesão ao tratamento e qualidade de vida de pacientes pós-ICP, além de fortalecer a autonomia do enfermeiro na prática assistencial?”. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE: 79593224.7.0000.5192. Resultados: O protocolo desenvolvido foi organizado em seis domínios, sendo eles: acolhimento ao paciente; adesão medicamentosa; processo de enfermagem; necessidades humanas/ autocuidado; sinais de alerta/ encaminhamentos; e recomendações. O protocolo é uma ferramenta essencial para manter a organização eficiente, proporcionando uma modelagem adequada dos procedimentos que se deseja efetuar, de forma a criar modelos de acordo com os objetivos da instituição.O enfermeiro, no ambiente de um consultório especializado, previne complicações, esclarece dúvidas, promove a autonomia do paciente e envolve a família no novo estilo de vida, incentivando práticas saudáveis e contribuindo para a redução de readmissões hospitalares por meio da educação em saúde. Conclusões: O protocolo desenvolvido pode oferecer mais segurança para o enfermeiro, pois contempla desde a identificação correta do paciente até a avaliação para alta ambulatorial, aumentando, assim, a resolutividade das demandas de saúde. Dessa forma, o protocolo se apresenta como uma ferramenta essencial para otimizar o atendimento realizado pelo enfermeiro nas suas consultas especializadas.