SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E VARIÁVEIS CLÍNICAS DE CRIANÇAS SUBMETIDAS À VENTRICULOSSEPTOPLASTIA

BRUNA QUINTAL, NATIELLE LIMA, LORENNA FELIX , ÉBELIN ESTEVÃO , AMANDA GOMES , MAXIMINO ROCHA, CARLOS BANDEIRA, MARIANA CARVALHO , ÍBIS ARIANA PEÑA
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL, FMUSP - São Paulo - SP - Brasil, UFJF-GV - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A comunicação interventricular é um defeito cardíaco comum que pode levar a insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão pulmonar. O principal mecanismo compensatório para o aumento do débito cardíaco é um aumento em tônus simpático. Quando o coração não consegue atingir esse aumento, o equilíbrio decai na direção da ativação simpática, o que pode reduzir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O tratamento cirúrgico é a ventriculosseptoplastia (VSP), realizada com um patch de pericárdio autólogo ou bovino, sob circulação extracorpórea, e é indicada quando o defeito é grande e com repercussões hemodinâmicas, e principalmente a depender do grau de hipertensão pulmonar.  Sendo assim, o objetivo desse estudo é analisar a VFC e variáveis clínicas de crianças submetidas à VSP. Métodos: Foi realizada a coleta da VFC e variáveis clínicas em três momentos da internação: no período pré-operatório, atendimento fisioterapêutico e na alta hospitalar em pacientes submetidos a VSP (Comitê de ética 71684123.5.0000.5462). Análise Estatística: foram utilizadas como variáveis dependentes as medidas fisiológicas frequência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2), e pressão arterial média (PAM) e os índices da VFC (Mean HR, Mean RR, RMSSD e SDNN), submetidas à ANOVA com 3 medidas repetidas, já para os outros achados clínicos foi utilizado o Teste T para amostras independentes. Resultados: Foram avaliados 13 participantes, com 38,7 ± 43,7 meses, 8 do sexo feminino e 5 do sexo masculino. Dentre os principais achados, destaca-se o tempo de ventilação mecânica (VM)  (p=0.029) e uso de cateter nasal de alto fluxo (p=0.005) (Figura 1). Dentre as medidas fisiológicas analisadas, a FR apresenta diferença estatística (p = 0.044), demonstrando que a FR reduziu do pré-operatório para o momento da alta hospitalar e não foram encontradas diferenças para as medidas de SpO2(p = 0.274) e PAM (p = 0.253) (Figura 2). Em relação a VFC, não foram encontradas diferenças estatísticas para as medidas Mean HR (p = 0.473), Mean RR (p = 0.503), RMSSD (p = 0.411) e SDNN (p = 0.450) (Figura 3). Conclusão: Embora não tenham sido identificadas alterações significativas na VFC, houve melhora clínica na FR. A estabilidade clínica, evidenciada pela ausência de falhas na extubação, baixa necessidade de VM prolongada e curto tempo de internação, reflete o sucesso da intervenção. Os resultados destacam a relevância da avaliação da VFC e sinais clínicos para detectar disfunções autonômicas, auxiliando na estratificação de risco e no manejo clínico pediátrico.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025