Introdução: Cirurgia cardíaca é um procedimento complexo que tem repercussões orgânicas e que altera diversas formas de mecanismos fisiológicos dos doentes. O período pós-operatório é uma fase onde é necessária vigilância constante a fim de evitar complicações de difícil controle. Na revascularização miocárdica e nas trocas valvares são inseridos drenos de intercostal e dreno de mediastino que têm como objetivo minimizar o acúmulo de líquido na cavidade pleural e do miocárdio, monitorar sangramentos e prevenir possíveis complicações. como derrame pleural e do pericárdico, hemotórax e tamponamento. A presença do dreno impõe a restrição do paciente ao leito. Efeitos deletérios da imobilização no leito podem ser dirimidos com técnicas fisioterapêuticas utilizadas no atendimento a estes pacientes o que inclui mobilização e posicionamento. Objetivo: Analisar se a adição da sedestação à beira leito ou em poltrona ao protocolo original de cuidados fisioterapêuticos é mais eficaz que a realização da mobilização precoce no leito isoladamente. Metodologia: O estudo é delineado como um ensaio clínico não randomizado. A amostra foi composta por 20 indivíduos internados em unidade de terapia intensiva coronariana (UCO), com programação cirúrgica de revascularização do miocárdio, troca de valva aórtica ou troca de valva mitral. Resultados: A análise inicial apresenta 13 pacientes, sendo 10 do grupo controle e 3 do grupo intervenção incluídos no estudo. No grupo controle a idade mediana foi de 64 anos e 50% dos pacientes eram do sexo feminino, onde o tempo de internação dos pacientes teve uma média de 10 dias e com uma porcentagem de 10% de complicações, já no grupo intervenção a idade mediana foi de 59 anos e a prevalência de pacientes do sexo femino, nesse grupo o tempo de internação foi aproximadamente de 9 dias, com nenhuma complicação. Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que a sedestação precoce para pacientes com a utilização do dreno de mediastino e/ou pleural, reduzem o tempo de internação e até mesmo complicações. A implementação de protocolos de mobilização precoce em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca, ainda com a presença de dreno mediastinal, se mostrou segura e não houve ocorrência de complicações. Novos estudos, com um grupo maior de voluntários, devem consolidar esses resultados.