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Óbitos por Insuficiência Cardíaca no Estado de São Paulo entre 2019 e 2024

Vitória Machado Carmo, Liz Lanny Coutinho Montes, Milena Loureiro Giovanelli, Rithiany Campos dos Santos, Milla de Sousa Azevedo, Anny de Sousa Azevedo
Centro Universitário São Carlos - Bom Jesus do Itabapoana - Rio de Janeiro - Brasil

Introdução:A Insuficiência Cardíaca (IC) é caracterizada pela incapacidade do coração para bombear sangue adequadamente afim de atender as demandas metabólicas do organismo. Sua prevalência aumenta com a idade e presença de comorbidades e constitui uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. No Brasil, estes pacientes correspondem a uma taxa significativa, revelando-se um importante caso de saúde pública. Este estudo analisa os índices de óbito por IC no estado de São Paulo.Métodos: foi desenvolvido um estudo epidemiológico, transversal, descritivo e quantitativo por meio dos dados contidos no DATASUS. Foram analisados os óbitos por IC em pacientes internados no estado de São Paulo no período de janeiro de 2019 a novembro 2024, considerando distribuição geográfica por município, cor/raça, sexo e idade, calculando-se as frequências relativas das variáveis. Resultados: no período analisado, foram registrados 32.517 óbitos por IC no estado de São Paulo. O município de São Paulo concentrou o maior número de mortes registradas (23,39%), seguido por Guarulhos (2,95%), Mogi das Cruzes (2,34%), Sorocaba (2,18%), São José dos Campos (2,18%) e Campinas (2,18%). A maior frequência de registros ocorreu entre pessoas brancas (57,55%), seguidas por pardas (23,66%) e pretas (6,85%). Indígenas e amarelos representaram apenas 0,96%, e 10,98% não tiveram raça identificada. A maioria dos óbitos ocorreu em mulheres (51,34%) e pacientes com mais de 70 anos (63,09%) e apenas 2,10% foram registrados entre os grupos menores de 40 anos. Conclusões: Os dados indicam que a IC foi responsável por um número significativo de óbitos em São Paulo, principalmente associada ao envelhecimento e com uma concentração notável na capital, possivelmente devido à maior densidade populacional e a desigualdade no acesso aos serviços de saúde. Observa-se uma predominância de óbitos entre mulheres, idosos e pessoas brancas, reforçando a necessidade de estratégias de saúde pública e políticas de prevenção e manejo da IC mais direcionadas às populações de maior risco, enquanto que a  baixa representatividade de pessoas negras, indígenas e amarelas sugere possíveis lacunas no acesso ao tratamento ou no diagnóstico, além da possibilidade de subnotificação desses casos.

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