INTRODUÇÃO: O Infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma doença cardiovascular grave, reconhecida como uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil. Essa condição caracteriza-se pela morte do músculo cardíaco devido à isquemia prolongada causada pela oclusão da artéria coronária. Embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, a frequência aumenta com o aumento da idade e a presença de fatores de risco ateroscleróticos.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, do tipo ecológico e de série temporal. Foram analisados e comparados dados de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em mulheres e homens residentes nos estados da região Sudeste do Brasil (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo) no período de 2019 a 2023. As informações foram obtidas a partir do banco de dados do DATASUS. A análise considerou uma ampla faixa etária, incluindo indivíduos desde o nascimento até maiores de 80 anos.
RESULTADOS: A análise dos dados de óbitos por IAM indicou a prevalência de óbitos em homens em toda a região Sudeste, sendo 18.530, totalizando 56,9% dos casos relatados entre homens e mulheres. São Paulo foi o estado com maior IDH da região (0,806) e obteve o maior número de óbitos em ambos os sexos (18.589). Em contraste, o Espírito Santo, com o segundo menor IDH (0,771), foi responsável pelo menor número de mortes em ambos os sexos (1.060). O Rio de Janeiro, com o menor IDH (0,762) apresentou a menor relação entre os sexos, sendo os óbitos em homens 55,5% dos casos. Minas Gerais, com o segundo maior IDH (0,774) obteve uma relação de 57,8%.
CONCLUSÃO: Os dados evidenciam a maior mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) entre os homens na região Sudeste. São Paulo, o estado com a maior população e o maior IDH da região, registrou o maior número absoluto de óbitos, o que pode refletir tanto seu tamanho populacional quanto questões relacionadas ao acesso à saúde. Por outro lado, o Rio de Janeiro, com o menor IDH, apresentou a menor diferença entre os sexos, sugerindo a influência de fatores socioeconômicos. Esses resultados ressaltam a necessidade de estratégias preventivas e políticas públicas eficazes para reduzir a mortalidade e promover maior equidade no diagnóstico e tratamento da doença.