Introdução: A insuficiência cardíaca (IC - CID I50) é a doença cardiovascular crônica de maior prevalência e tem altas taxas de mortalidade, caracterizada pela alteração estrutural ou funcional do coração que gera a redução do débito cardíaco e da ejeção de sangue, e consequentemente promove quantidades sanguíneas insatisfatórias para suprir as necessidades do corpo. Entre os principais fatores de risco associados estão a idade maior que 60 anos, diabetes, hipertensão arterial e doença renal e pulmonar crônica. Tendo como principais manifestações clínicas inespecíficas a dispneia e fadiga. Apresenta um importante problema de saúde pública, uma vez que no Brasil é a principal causa de hospitalização no Sistema Único de Saúde (SUS), além da perda da qualidade de vida dos indivíduos afetados, mortalidade e pelos elevados gastos econômicos aos serviços de saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos óbitos por insuficiência cardíaca no Brasil com base no levantamento do número de óbitos no período de 2019 a 2023. Método: Estudo de caráter quantitativo e transversal, que analisou dados epidemiológicos sobre a mortalidade por IC no Brasil, com dados do TabNet obtidos na plataforma DATASUS, no período de 2019 a de 2023. Resultados: Entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, foram registrados no Brasil um total de 150.243 óbitos por insuficiência cardíaca, sendo 78.122 mulheres e 72.109 homens e 12 ignorados.A faixa etária mais afetada por essa condição é a acima dos 80 anos. A análise dos dados raciais indica que a raça branca foi a mais acometida, totalizando 78.973 óbitos nesse período, seguida pela raça parda, com 52.222 óbitos. Essa disparidade entre os grupos étnicos evidencia uma diferença significativa no impacto da insuficiência cardíaca. Conclusão: O presente estudo evidenciou a importância de entender a situação epidemiológica dos óbitos por Insuficiência Cardíaca no Brasil, dos anos de 2019 a 2023. Uma vez que ao analisar os dados concluímos a alta prevalência de óbitos em homens e mulheres acima de 80 anos, majoritariamente na raça branca, destacando o perfil da doença. Dessa forma, compreende-se a importância da prevenção e do direcionamento do tratamento adequado, a fim de evitar a progressão da doença e o aumento da mortalidade.
