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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Influência da série temporal e de diferentes filtros automáticos na variabilidade da frequência cardíaca em coortes independentes de pacientes ou adultos saudáveis

Felipe Pereira Viana, Isabela de Andrade Sobreira, Diogo Van Bavel, Mariana Nunes Dantas, Érica Lourenço Miranda, Clynton Lourenço Correa, Michel Silva Reis
Universidade Federal do Rio de Janeiro - RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - BRASIL

 

Introdução: Artefatos podem contaminar a análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Portanto, a edição dos dados é comumente realizada antes da análise. Objetivos: Avaliar a influência da série temporal (256 intervalos R-R consecutivos ou 5 minutos) e de diferentes filtros automáticos para correção de artefatos na análise da VFC em coortes independentes de pacientes ou adultos saudáveis. Métodos: Estudo observacional. Setenta e quatro participantes foram incluídos: 19 jovens atletas de judô, 14 adultos jovens saudáveis, 17 pacientes com doença de Parkinson, 17 pacientes com acidente vascular cerebral crônico e 10 pacientes submetidos à revascularização do miocárdio. A VFC foi coletada por 10 minutos em repouso por meio de um monitor de frequência cardíaca (Polar V800). Em seguida, o software Kubios foi utilizado para o processamento da VFC, aplicando todos os filtros e considerando 256 intervalos R-R consecutivos ou 5 minutos. Análise Estatística: Os dados foram analisados utilizando o software SigmaPlot for Windows versão 11.0®. Eles foram submetidos aos testes de normalidade e homogeneidade (testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente). Para comparar os índices lineares e não lineares da análise da VFC nos diferentes filtros automáticos (nenhum, muito fraco, fraco, médio, forte e muito forte) e séries temporais (5 minutos ou 256 intervalos R-R consecutivos), utilizamos análises de variância para medidas repetidas bidirecionais (two-way ANOVA) com pós-teste de Holm-Sidak. Todas as medições foram expressas como média ± desvio padrão (DP). O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas na série temporal. Em relação à aplicação de filtros para a correção de artefatos, os índices lineares e não lineares da VFC apresentaram diferença significativa quando comparados entre filtros mais fortes e mais fracos em adultos saudáveis (todos p<0,05). Assim, apenas os filtros extremos tiveram impacto na quantificação da VFC em pacientes com doenças crônicas. Por fim, o grupo CABG não apresentou diferença significativa com a aplicação dos filtros automáticos. Conclusão: Na análise de curto prazo, a série temporal estudada não pareceu influenciar os índices lineares e não lineares da VFC. Por outro lado, os filtros automáticos para correção de artefatos parecem ser capazes de eliminar sinais e promover interpretações errôneas dos índices lineares e não lineares da VFC em coortes de pacientes crônicos e adultos saudáveis.

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