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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Correlação das alterações biomecânicas com a distância percorrida na doença arterial periférica

Bruno Fernandes Costa Ferreira, Alethea Gomes Nardini, Vivian Bertoni Xavier, Camila Vitelli Molinari, Vera Lúcia dos Santos Alves
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil, SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A claudicação intermitente é o principal sintoma da doença arterial periférica (DAP). A isquemia e inflamação local são apontadas como principais causadores da claudicação, porém são poucos os estudos exploratórios com as descrições das alterações na biomecânica na marcha antes da queixa de dor, e correlações entre a distância percorrida. Portanto, nosso objetivo é avaliar a biomecânica da marcha em sete metros nos indivíduos com DAP e verificar sua correlação com a distância percorrida no teste da caminhada dos seis (TC6M). Método: Estudo transversal que recrutou indivíduos com DAP adultos de ambos os sexos. A pesquisa foi avaliada pelo CEP (CAAE: 76035423.0.0000.5479) e os indivíduos incluídos apresentavam claudicação intermitente e estavam em tratamento medicamentoso, sendo excluídos aqueles com incapacidade de marcha independente. O TC6M seguiu as recomendações da ATS (2002). O teste de marcha de sete minutos foi realizado em 3D, com acelerômetro e giroscópio (Baiobit sensor, BTS bioengineering Group, Milan, Italy). A análise estatística foi realizada com o SPSS versão 20.0, com teste de Kolmogorov-Smirnov, e correlações de Spearman, com significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 41 indivíduos com média de idade 66,28±8,61 anos, 44% homens, com média de altura 163,10±7,46cm e peso 72,65±14,30kg. A distância percorrida no TC6M foi de 381,72±138,40m, e o predito era de 527,79±28,26m com 90,24% não alcançando o predito. Na análise biomecânica da marcha, a velocidade média foi de 1,05±0,33m/s e o esperado 1,03±0,06m/s com 56,09% dos pacientes estando com velocidade abaixo do esperado. A cadência da marcha foi 105,55±15,48p/s e o esperado 111,12±3,72p/s, destes 60,97% ficaram abaixo do esperado. Na simetria do ciclo de marcha 43,90% apresentaram valor <90% com média 86,39±14,79%. O comprimento de passada esquerda (E) e o comprimento do passo foi de 1,30±0,32m e o comprimento de passada direita (D) foi de 0,66±0,18m com passo de 0,66±0,16m é 1,31±0,33. 15% dos indivíduos apresentaram a diferença E/D no comprimento de passada e 46% no comprimento do passo. Houve correlação quando a velocidade e a cadência na marcha (p=0,001, r= 0,641), entre a distância percorrida no TC6M e a velocidade da marcha (p=0,001, r= 0,587), e na distância percorrida com a cadência (p=0,023, r= 0,368). Conclusão: Nesta amostra houve correlação entre a velocidade e cadência de marcha na biomecânica em indivíduos com DAP, com a distância percorrida no TC6M, sugerindo alteração na marcha antes do sintoma de claudicação na DAP.

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