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Hematoma Dissecante Intramiocárdico Pós-Infarto Agudo do Miocárdio

Paula Camila Muzzi, Robson Roberto Martins da Silva, José Carlos Nicolau, Roberto Rocha Correa Veiga Giraldez
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

O hematoma dissecante intramiocárdico (HDI) é uma rara complicação da fase subaguda do infarto agudo do miocárdio (IAM), do trauma torácico ou da intervenção percutânea.  No HDI forma-se uma cavidade no tecido miocárdico friável que é preenchida por sangue contido externamente por parte do miocárdio e pelo pericárdio e internamente pela porção endocárdica do miocárdio e pelo próprio endocárdio. Abaixo, descrevemos um caso de HDI tratado no Instituto do Coração (InCor-HCFMUSP) tratado de forma conservadora e de boa evolução clínica.

Mulher de 43 anos, tabagista de de 30 anos-maço em uso de anticoncepcional oral, foi atendida em UPA por intensa dor torácica com irradiação epigástrica, associada a sudorese e náuseas com cianose progressiva de extremidades de MMII com um dia de evolução.Depois de 4 dias, ao desenvolver sinais de insuficiência cardíaca (IC) com choque e congestão pulmonar foi feito o diagnóstico IAM e  transferida ao Instituto do Coração (InCor / HCFMUSP) Neste serviço, foi diagnosticada com IAM anterior com cinco dias de evolução. O eletrocardiograma demonstrava onda Q com supradesnivelamento residual ST em parede anterior. A paciente recebeu tratamento específico para o choque cardiogênico e realizou exames diagnósticos.

O ecocardiograma transtorácico demonstrou disfunção grave de ventrículo esquerdo (FEVE 30%) às custas de acinesia apical e do segmento médio das paredes inferior, anterior, anterolateral e do septo anterior, além de imagem ecodensa da região apical até a região médio-basal do septo anterior, limitada internamente pelo endocárdio e externamente pelo miocárdio e pericárdio, sugestivo de trombo intramiocárdio secundário à dissecção de parede ventricular.

À cinecoronariografia, foi evidenciada oclusão proximal da artéria coronária descendente anterior, sem evidência de  estenosenas das demais  coronárias. Indicado  tratamento conservador pelo tempo de evolução.

Avaliada pela cirurgia cardiovascular, que indicou tratamento conservador, ao considerar a estabilidade clínica da paciente. A equipe de cirurgia vascular indicou anticoagulação ao considerar a provável embolização distal de trombos intramiocárdicos. O doppler arterial de membros inferiores comprovou ausência de obstruções em  artérias de MMII.

 A paciente permanece clinicamente estável, para compensação da IC. 

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