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Análise da Frequência Cardíaca de Recuperação após Teste de Esforço Submáximo em Pacientes com Hipertensão Pulmonar Secundária a Cardiopatia Congênita

Luiza Oliveira Cintra, Isadora S. Rocco, Isis Begot, Caroline Bublitz, Rita Simone L Moreira, Larisse X. Almeida, Celia Maria C. Silva, Walter J. Gomes, Solange Guizilini
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

 

Introdução: As cardiopatias congênitas são malformações do coração presentes desde o nascimento, caso não seja corrigida até a primeira infância pode levar a complicações, como a Hipertensão Pulmonar (HP). Isso ocorre já que as cardiopatias, cada uma com sua especificidade, possuem uma combinação de fatores que geram um aumento da pressão e do volume da circulação pulmonar. Quando associada a cardiopatia com o HP, afetam significativamente a qualidade de vida, capacidade funcional e mortalidade dos pacientes. O teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) é um método amplamente utilizado para avaliação da capacidade funcional de funções respiratórias e cardiovasculares. Uma das análises do

TC6M é a frequência cardíaca de recuperação (FCR) após o teste, sendo um marcador prognóstico, refletindo na capacidade do sistema cardiovascular de se recuperar após o esforço. Portanto, com este estudo investigaremos a FCR pós TC6M em pacientes com HP secundária a cardiopatia congênita

Objetivo: Avaliar a FCR após o TC6M em pacientes com hipertensão pulmonar secundária à cardiopatia congênita, e investigar sua associação com a gravidade da cardiopatia.

Material/Métodos: Foram incluídos indivíduos adultos com o diagnóstico de hipertensão pulmonar secundária à cardiopatia congênita e aplicado o TC6M com aferição da frequência cardíaca (FC) antes do teste, imediatamente no fim do teste, e em 1 minuto (FCR1min) do teste. Os índices foram correlacionados com a pressão sistólica de artéria pulmonar (PSAP).

Resultado: A amostra foi composta por 15 pacientes (10 mulheres e 5 homens) com média de idade de 38.1 ± 17.6 anos. Os pacientes percorreram 439 ± 124 metros no TC6M, em torno de 81.3 ± 27.8% do predito. A FCR1min média foi de 25.6 ± 18.4 e se correlacionou de maneira positiva e forte tanto com a distância percorrida (r=0.668; p=0.006) quanto com a porcentagem do predito (r=0.623; p=0.013). Não houve correlação da FCR1 com os níveis de pressão sistólica de artéria pulmonar (PSAP), entretanto, houve uma correlação negativa preditiva entre a porcentagem do predito no TC6M e a PSAP (r=-0.89; p=0.039). 

 

Conclusão: A preservação da FCR1min e a ausência de associação com parâmetros estruturais, sugere um mecanismo adaptativo em pacientes com cardiopatias congênitas e hipertensão pulmonar. Maiores níveis de capacidade funcional estão associados à melhor desempenho na resposta de recuperação da FC.

 

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