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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Impacto da fraqueza muscular inspiratória sobre a capacidade funcional e força muscular periférica em pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida

Larissa Mariano Pires, Caroline Bublitz , Nícolas M. F. Henrique , Isadora S. Rocco , Rita S. L. Moreira, Francisco S. Menezes-Rodrigues, Walter J. Gomes, Ross Arena, Solange Guizilini
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr) é uma síndrome clínica complexa e multifatorial que afeta diversos sistemas simultaneamente. A falta de ar e a intolerância ao esforço são sintomas predominantes, frequentemente levando a internações hospitalares. A fraqueza muscular ventilatória, presente em uma parcela significativa dessa população, contribui diretamente para essa sintomatologia, piorando o prognóstico e favorecendo as hospitalizações. No entanto, a influência da fraqueza muscular ventilatória em pacientes hospitalizados por ICFEr descompensada sobre a força muscular periférica e capacidade funcional requer investigação mais aprofundada. Por isso, o objetivo foi comparar  a capacidade funcional e força muscular periférica entre pacientes hospitalizados por ICFEr descompensada com e sem fraqueza muscular inspiratória (FMI). Método: Estudo transversal realizado com pacientes admitidos na unidade de internação de Cardiologia em um hospital terciário. Foram elegíveis para o estudo pacientes de ambos os sexos e idade entre 18 e 65 anos, com diagnóstico de IC sistólica comprovada por exame de ecocardiografia, com tratamento clínico medicamentoso otimizado individualizado. Após estabilização clínica e hemodinâmica, foram realizadas avaliações de capacidade funcional (TC6’) e dinamometria de quadríceps para força muscular periférica e manovacometria para aferição da pressão inspiratória máxima (PImáx). Os pacientes foram dicotomizados entre ausência e presença de FMI, definidos por PImáx<70% do predito. Resultados: A distância percorrida no TC6’ foi significativamente menor no grupo com FMI comparado àqueles sem FMI (417,08 ± 91,25 versus 476,84 ± 87,32, p=0,024), bem como o percentual do predita para o TC6’ significativamente menor nos pacientes com FMI (73,49 ± 14,64 versus 83,86 ± 14,55 p=0,016). A diferença na força muscular de quadríceps não apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos (15,0 ± 10,85 versus 8,31 ± 4,48 p=0,086). Conclusão: Pacientes com ICFEr e FMI apresentam menor capacidade funcional quando comparados a pacientes com força muscular inspiratória preservada. Apesar disso, a força muscular periférica não se mostrou mais afetada pela presença de FMI.

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