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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MENOR CAPACIDADE FUNCIONAL E FRAGILIDADE PRÉ-OPERATÓRIA RESULTAM EM MAIOR TEMPO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA E PERMANÊNCIA HOSPITALAR EM INDIVÍDUOS SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA

Giulliano Gardenghi, Letycia N. de P. Cunha , Geise R. Martins , Artur H. de Souza , Gabriel da S. Izidório , Lara L. S. da Silva , Nara A. Costa
Hosp. ENCORE - Ap. de Goiânia - GO - BR, Fac. Nutrição - UFG - Goiânia - GO - BR

Introdução: A presença de fragilidade e/ou de baixa capacidade funcional (CF) pré-operatória podem repercutir na evolução intra-hospitalar de indivíduos submetidos a cirurgia cardíaca (CC). Objetivo: Testar a hipótese de que a baixa CF e/ou a fragilidade no pré-operatório se associam a maior tempo de ventilação mecânica (VM) e a maior permanência hospitalar no pós-operatório de indivíduos submetidos à CC. Métodos: Estudo prospectivo e longitudinal realizado em um hospital privado. A amostra incluiu indivíduos de ambos os sexos, com idade ≥18 anos, com indicação de CC eletiva convencional, por esternotomia mediana. A capacidade funcional foi mensurada pelo teste Short Physical Performance Battery (SPPB) e a fragilidade foi avaliada pela Clinical Frailty Scale (CFS) no pré-operatório (M0). Um SPPB de 4 a 6 indicou baixa CF. Uma CFS maior ou igual a 5 indicou fragilidade. Os indivíduos foram acompanhados durante todo o período de internação e foram avaliados o tempo de VM, tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e ainda o tempo total de internação. A analise estatística utilizou os testes de Mann-Whitney ou Qui-quadrado de Pearson com significância em p<0,05. Resultados: 68 participantes foram incluídos neste estudo (idade: 60,4±11,7 anos, 53,2% do sexo masculino). A abordagem cirúrgica mais realizada foi a retroca valvar (72,1%), seguida pela cirurgia de revascularização do miocárdio (16,2%). A baixa CF no M0 foi observada em 20,6% dos participantes e 19,1% apresentaram fragilidade.  Baixa CF aumentou o tempo de VM (Sim: 2,0±2,7 vs. Não: 1,0±0,1 dias, p:0,00). Também aumentou o tempo de UTI (Sim: 5 [3,0-7,2] vs. Não: 3 [3,0-4,2] dias, p:0,01) e o tempo total de internação (Sim: 8 [5,8-14,2] vs. Não: 5 [4,8-7,0] dias, p:0,00). A presença de fragilidade aumentou o tempo de VM (Sim: 2,1±2,8 vs. Não: 1,0±0,1 dias, p:0,00). Também aumentou o tempo de UTI (Sim: 5 [3,0-7,5] vs. Não: 3 [3,0-4,0] dias, p:0,01) e o tempo total de internação (Sim: 9 [6,58-14,5] vs. Não: 5 [5,0-7,0] dias, p:0,00). Conclusão: O tempo de VM e de permanência hospitalar foi maior em indivíduos com baixa CF e/ou frágeis no pré-operatório de CC.

 

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