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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Análise da variabilidade da frequência cardíaca em repouso e sua associação com a capacidade funcional em cardiopatas hospitalizados

Yagda A V Souza, Gabrielle M Martiniano , Isadora S Rocco , Isis Begot, Caroline Bublitz , Rita Simone L Moreira , Pedro Ivo M Moraes , Walter J. Gomes , Solange Guizilini
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

 

INTRODUÇÃO: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) reflete a modulação autonômica cardiovascular e o equilíbrio simpatovagal. A relação entre a resposta da frequência cardíaca (FC) e testes de esforço, como o teste de caminhada de seis minutos (TC6), é reconhecida como um preditor de mortalidade em cardiopatas. No entanto, a maioria dos estudos explorando essas variáveis foca em avaliações ambulatoriais, havendo escassez de investigações intra-hospitalares. Este estudo investigou a resposta da VFC em pacientes hospitalizados por causa cardiovascular sob tratamento clínico e/ou cirúrgico e sua associação com a capacidade funcional. MÉTODO: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, incluindo adultos de ambos os sexos, hospitalizados por causa cardiovascular, acompanhados nas unidades cardiológicas clínicas e cirúrgicas de um hospital universitário. O TC6 foi aplicado 48 horas após estabilização do quadro clínico do evento que motivou a internação, estabelecida pelo controle dos sintomas, em pacientes que participaram de reabilitação cardíaca intra-hospitalar baseada em exercícios. A FC e os intervalos R-R normais foram registrados continuamente nas posições sentada, em repouso, por 5 minutos, utilizando um sensor de telemetria (Polar® H10). Os dados registrados foram transferidos para o software de análise Kubios HRV® para análise; amostras de 256 pontos foram utilizadas para a análise linear e não linear da VFC. RESULTADOS: Foram avaliados 48 indivíduos com idade média de 61,65 ± 12,28 sendo 77,08% do sexo masculino. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo foi de 56,58 ± 13,1.A distância percorrida em metros no TC6 é de 433 ± 98. Desses, 70,8% faziam uso de betabloqueador. Os índices de VFC revelaram um significativo desequilíbrio autonômico, com SDNN: 8,96 ± 6,24 ms, média de intervalos RR: 819,51 ± 168,39 ms, FC média: 76,03 ± 14,47 bpm, pnn50: 0,13 ± 0,64 e RMSSD: 5,50 ± 3,66 ms. A relação baixa/alta frequência (BF/AF) foi de 6,32 ± 4,28, indicando predomínio simpático. Houve uma associação entre a distância percorrida e os índices no domínio de frequência de muito baixa frequência (MBF) e (rho: -0,32; p=0,028) e BF (rho: 0,42; p=0,003). CONCLUSÃO: Os achados evidenciam um desequilíbrio simpatovagal em pacientes hospitalizados por causas cardiovasculares, com predomínio da atividade simpática. A associação entre a capacidade funcional e os índices de VFC reforça a importância da reabilitação cardíaca intra-hospitalar para melhorar a modulação autonômica e a recuperação funcional.

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