Rastreio dos Indicadores de Mobilidade de Pacientes em Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica.
INTRODUÇÃO: Os indicadores de qualidade são ferramentas essenciais na avaliação da assistência em saúde, sendo amplamente utilizados nas UTIs para melhorar o cuidado ao paciente, focando na segurança, eficácia e bem-estar. A implementação de indicadores de mobilidade é necessária para otimizar a reabilitação precoce em pacientes cardiológicos, permitindo a melhoria contínua do cuidado e a padronização das práticas de fisioterapia nas UTIs.
OBJETIVO: Analisar os indicadores assistenciais de mobilidade em uma UTI cardiológica, com base na escala de mobilidade em UTI, do inglês, ICU mobility scale (IMS).
MÉTODOS: Estudo coorte de intervenção diagnóstica realizado entre março e novembro de 2024, a partir de uma análise descritiva dos dados secundários de pacientes internados na UTI cardiológica. Foram coletados dados sobre mobilidade dos pacientes na admissão e alta, incluindo tempo de permanência, diagnóstico e uso de ventilação não invasiva. A mobilidade foi avaliada pela Escala de Mobilidade em UTI (IMS), com três indicadores principais: tempo para o 1o ortostatismo, taxa de deambulação na alta e taxa de reconciliação funcional.
RESULTADOS: Foram analisados 137 pacientes. O tempo para o 1o ortostatismo foi entre 2 e 3 dias, com uma média de 63,51% para a taxa de deambulação na alta, e 62,4% para a reconciliação funcional.
CONCLUSÃO: A análise dos indicadores assistenciais de mobilidade em uma UTI cardiológica, baseada na IMS, demonstrou que as taxas de mobilidades incluindo deambulação na alta e reconciliação funcional são elevadas nessa população. Os resultados sugerem que a implementação de protocolos estruturados pode otimizar a reabilitação e reduzir complicações relacionadas à imobilidade. Estudos futuros devem incluir variáveis como gravidade clínica e funcionalidade prévia para aprimorar a compreensão e aplicação desses indicadores na prática assistencial.