SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

CIRURGIA OU TAVI NA ESTENOSE AÓRTICA BICÚSPIDE, ANEL PEQUENO E PACIENTE DE 76 ANOS COM BAIXO RISCO? - RELATO DE CASO

Arthur Borges Taveira, Frederico Lopes de Oliveira, Michelly Rodrigues Cavalcante, Augusto Pipolo, Arthur Vieira Piau, André Luis Marques Palmeira Modesto
Hospital Santa Helena - Goiânia - Goiás - Brasil, Hospital Santa Mônica - Goiânia - Goiás - Brasil

INTRODUÇÃO: A valva aórtica bicúspide (VAB) é a cardiopatia congênita mais comum em adultos, afetando de 1 a 2% da população geral. E a complicação mais comum desta alteração é justamente o desenvolvimento de estenose valvar aórtica. A segurança demonstrada pela TAVI, mesmo em pacientes de baixo risco acima dos 70 anos nos estudos Early TAVR, Partner 3 e Evolut Low Risk tem como critério de exclusão a presença de valva bicúspide portanto seu uso controverso. OBJETIVO: Relatar um caso desafiador de EAO por VAB e anel pequeno em paciente de 76 anos e baixo risco. MATERIAIS E MÉTODOS: M.P.S. mulher, 76 anos, IMC de 21, com EAO sintomática ha 6 meses, Eco FE:65% VAB com área valvar de 0,9 cm2 com velocidade máxima 4,4 m/s, gradiente sistólicos máximo e médio 48/32 mmHg; Angiotomografias com coronárias de boas alturas sem lesões obstrutivas, acessos favoráveis, VAB (Syevers 0) e pouco cálcio poupando a Via de Saída do Ventrículo Esquerdo (VSVE), ânulo com área 306 mm (21,5 x 18,5 mm). Assim o Heart Team pela indisponibilidade de próteses 19/21 com risco de gradiente residual importante, assim optou-se pela TAVI auto expansível supra anular (Acurate Neo 2) por técnica minimalista: acessos arteriais radial para pigtail de referência e femoral para prótese; venoso periférico braquial 16; Sedação consciente, eco trans torácico, pré dilatação com balão 20mm em “rapid paccing” via corda guia e prótese ultra small número 23mm com liberação nominal, promovendo 16,8% de oversizing “ultra shallow” (100% aórtico 0% ventricular) sem proteção cerebral. Dessa forma a TAVI foi realizada sem intercorrências e a paciente liberada de alta hospitalar em menos de 48h. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Inicialmente, a EAO por VAB era uma contraindicação relativa para o tratamento por cateter. A tendência atual é que deixe ser uma contra-indicação para se tornar um tratamento com nível de evidência, e talvez grau de recomendação também, menores do que nos pacientes tricúspides. Utilizar dispositivos de nova geração com maior força de expansão radial, ancoragem supra anular, mais estabilidade na liberação e possibilidade de recaptura/reposicionamento certamente facilita muito o procedimento nesse subgrupo de pacientes. CONCLUSÃO: O planejamento cuidadoso antevendo intercorrências, associado a escolha da prótese ideal para de cada paciente, são fundamentais para o sucesso da TAVI como no caso descrito.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025