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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeitos da Edoxabana sobre a agregabilidade plaquetária em pacientes coronariopatas

Vanessa Maria Gomes Taques Fonseca Baldo, Roberto Rocha Corrêa Veiga Giraldez, Adriadne Justi Bertolin, Danilo Augusto Sarti, Maria Carolina Diez de Andrade, André Santana Ribeiro, Lucas Marques Ikeda, Rodrigo do Nascimento Marano Carneiro, Célia Maria Cassaro Strunz, José Carlos Nicolau
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Maynooth University - Maynooth - Kildare - Irlanda

Introdução:

 

A associação de medicamentos antiplaquetários e anticoagulantes é frequentemente utilizada na prática clínica e se associa a aumento na incidência de sangramentos. Pelo fato da trombina estimular a agregabilidade plaquetária (AP) e não ser influenciada pelos antiplaquetários, surgiu a hipótese de que a edoxabana, um inibidor específico do fator Xa, poderia diminuir a AP.

Métodos:

Estudo prospetivo, aberto, de intervenções sequenciais. Foram incluídos pacientes com doença arterial coronária crônica (DAC) em uso diário de AAS 100 mg, submetidos aos seguintes tratamentos, de forma sequencial, com intervalos de 10 dias entre eles: AAS 100 mg + edoxabana 60 mg; clopidogrel 75 mg; clopidogrel 75mg + edoxabana 60 mg e edoxabana 60 mg. Os testes Multiplate-TRAP (peptídeo ativador do receptor da trombina), Multiplate ADP (adenosina-difosfato) e Multiplate Aspirin foram utilizados para avaliar a AP em condições basais e com a utilização de cada um dos 5 regimes terapêuticos citados previamente. A meta primária do estudo foi a comparação da AP com o uso de AAS isoladamente vs. AAS + edoxabana.

Resultados:

Sessenta e um pacientes foram incluídos (91,8% homens, idade média de 60 anos, 84% com infarto agudo do miocárdio prévio). A Figura 1 mostra a mediana (percentis 25-75) da AP com o uso de AAS isoladamente e AAS + edoxabana avaliada pelo Multiplate TRAP (meta primária), Multiplate ADP e Multiplate Aspirin. Como se nota, não houve diferenças significativas entre os grupos por nenhum dos métodos.

A Tabela 1 demonstra os resultados obtidos na meta primária e nas metas secundárias, onde evidenciou-se significância estatística nas seguintes comparações: pelo Multiplate ADP clopidogrel vs. edoxabana (p<0.001) e AAS + edoxabana vs. clopidogrel + edoxabana (p<0,001); pelo Multiplate Aspirin, AAS vs edoxabana (p<0.001) e AAS + edoxabana vs. clopidogrel + edoxabana (p<0.001). Pelo Multiplate TRAP, nenhuma diferença significativa foi detectada entre os diferentes grupos comparados.

Conclusão:

 

Em pacientes coronariopatas, a edoxabana não influenciou de forma significativa a AP. Como esperado, o AAS diminuiu de forma significativa a AP avaliada pelo Multiplate Aspirin, do mesmo modo que o clopidogrel quando analisada a AP pelo Multiplate ADP. 

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