SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Alterações Eletrocardiográficas em Crianças com Epilepsia.

Rafaela Carnelós Bertin, Otávio Íscaro Andrade, Pedro Ithallo Ferreira Leite, Tarcísio Íscaro Andrade, Cristiana Arrunátegui Mastrorocco, Laura de Souza Mironti, Maria Luara de Muraro Delanhesi Martins de Miranda, Lucas Barros de Souza
USCS - Univ. Municipal de S. C. do Sul - São Caetano do Sul - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: O eletrocardiograma (ECG) constitui uma ferramenta diagnóstica essencial na avaliação cardiovascular, permitindo a identificação de alterações potencialmente associadas a condições neurológicas. Evidências sugerem que padrões específicos no ECG podem estar presentes em crianças com epilepsia, contribuindo para a estratificação de risco cardiovascular e prevenção de complicações clínicas. MÉTODOS: Foi conduzida uma revisão sistemática em três bases de dados, seguindo as diretrizes PRISMA. Dos 252 estudos identificados na busca inicial, 3 atenderam aos critérios de inclusão. Foram excluídos estudos que analisaram alterações eletrocardiográficas em populações adultas ou que foram publicados há mais de 8 anos. As variáveis eletrocardiográficas analisadas incluíram: (1) prolongamento do intervalo PR, (2) encurtamento do intervalo PR, (3) prolongamento do intervalo QTc, (4) alterações do segmento ST (inespecíficas e repolarização precoce), (5) alterações da onda T (inespecíficas e inversão da onda T) e (6) arritmia sinusal. RESULTADOS: Foram incluídas 362 crianças com epilepsia, das quais 199 eram do sexo masculino, com idade média de 6,9 anos. Os tipos de epilepsia observados na população foram: focal em 182 (50,28%) crianças, generalizada em 96 (26,52%) e outros tipos em 84 (23,20%). O prolongamento do intervalo PR foi identificado em 9(2,49%) pacientes, enquanto o intervalo PR curto foi observado em 24(6,63%) crianças. O prolongamento do intervalo QTc esteve presente em 10(2,76%) dos casos. Alterações do segmento ST foram classificadas como inespecíficas em 84(23,20%) crianças e como repolarização precoce em 22(6,08%) casos. As alterações da onda T foram caracterizadas como inespecíficas em 118(32,60%) crianças, enquanto a inversão da onda T foi documentada em 14(3,87%) pacientes. A arritmia sinusal foi observada em 56(15,47%) crianças. CONCLUSÕES: Crianças com epilepsia apresentam alterações eletrocardiográficas, com maior prevalência de variações inespecíficas da onda T e do segmento ST, além de arritmia sinusal. A detecção precoce dessas alterações é essencial para um manejo clínico mais eficaz, permitindo um acompanhamento direcionado e a implementação de estratégias apropriadas para a prevenção de complicações associadas.

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025